Brumadinho,
na região metropolitana de Belo Horizonte (MG), é uma cidade consternada.
Rodeada de morros e de mata densa, com seus 39,5 mil habitantes, o município
vive um dia de luto e aflição neste sábado (26), mas também de raros momentos
de alívio, com a localização de sobreviventes da tragédia na barragem do
Córrego Feijão, que rompeu no início da tarde de sexta-feira (25), cobrindo de
lama a região.
Até o início
da manhã deste sábado, eram nove mortes confirmadas pelas autoridades, mas não
tardaria até que um helicóptero do Corpo de Bombeiros pousasse no campo de
futebol em frente à Igreja Nossa Senhora das Dores, causando alvoroço: a aeronave
trazia mais uma vítima fatal, enrolada em um plástico preto e pendurada em uma
rede. Pouco depois, outro corpo, dessa vez coberto de lama, teria o mesmo
destino.
Foram dois
intermináveis minutos até que as equipes em solo recebessem o primeiro corpo,
sob o olhar desesperado de quem buscava informações.
Outras
famílias dividiam a mesma agonia, enquanto cinco helicópteros se revezavam nos
trabalhos de resgate. O barulho das hélices era ouvido de longe, algo incomum
na região.
Os trabalhos
devem prosseguir por todo o dia, na esperança de encontrar mais sobreviventes.
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