A Justiça
Federal bloqueou R$ 22 milhões em bens que, segundo o Ministério Público
Federal (MPF) em Goiás, são do ex-governador Marconi Perillo (PSDB), de seu
ex-auxiliar Jayme Rincón e de outras três pessoas. Conforme o órgão, alguns
imóveis estavam em nome de terceiros com o objetivo de “blindar” o patrimônio
dos envolvidos em eventual ação judicial.
Perillo e
Rincón são suspeitos de corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa
no âmbito da Operação Cash Delivery, e chegaram a ser presos em 2018, pela
Polícia Federal.
O advogado
de defesa de Jayme Rincón, Romero Ferraz, disse que "já tem conhecimento
do arresto" e que "não concorda com os termos da decisão", e
portanto, "já recorreu". As defesas de Rodrigo Rincón, Márcio Garcia
de Moura e Pablo Rogério de Oliveira informaram que ainda não tiveram acesso à
decisão.
O advogado
Antônio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay, responsável pela defesa
de Perillo, informou que vai recorrer da decisão e que a medida se refere a
"bens adquiridos muito antes dos fatos injustamente apontados como
ilegais".
A reportagem
tenta localizar a defesa de Carlos Alberto Pacheco Júnior.
A decisão
foi expedida pela 11ª Vara da Justiça Federal no último dia 6 de dezembro, pelo
juiz federal Rafael Ângelo Slomp, mas só foi divulgada agora, segundo o MPF,
pois até que ela fosse cumprida, tratava-se de um teor sigiloso. O objetivo do
bloqueio, segundo o magistrado e garantir que, se forem comprovados os crimes
investigados, os cofres públicos possam ser ressarcidos. O pedido havia sido
feito pelo MPF.
“Não é
demais ressaltar que a medida cautelar de arresto, requerida pelo Ministério
Público Federal, apresenta-se como razoável e proporcional, na medida em que
busca acautelar o patrimônio dos investigados, mesmo aqueles registrados em
nome de interpostas pessoas, com o fim de possibilitar a reparação de dano
causado pelas supostas infrações penais”, justifica o juiz.
Fonte: G1
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