Policiais militares presos na Operação Circo da Morte são denunciados por dois homicídios qualificados
O Ministério
Público de Goiás ofereceu denúncia contra cinco policiais militares que foram
presos na Operação Circo da Morte coordenada pelo Ministério Público de Goiás e
a Polícia Federal e deflagrada no último dia 18 de dezembro.
Os policiais
militares estão sendo processados criminalmente pela prática de dois homicídios
qualificados praticados na comarca de Santo Antônio do Descoberto e por
ocultação de cadáver.
A denúncia
do MP-GO é baseada no Inquérito Policial nº 97/2017 da Polícia Civil de Goiás,
o qual relata que os policiais Carlos Eduardo Belelli, Alessandro Bruno
Batista, Ruimar Felipe Maia, Ismael Fernando Silva e Raithe Rodrigues Gomes
agiram em concurso (em cooperação). De acordo com a peça acusatório, no dia 15
de março de 2017, eles se deslocaram de Caldas Novas (cidade em que os
militares eram lotados) até Santo Antônio do Descoberto, onde tiraram de suas
residências as vítimas Darlei Carvalho da Silva e Dalylla Fernanda Martins.
Após matarem
Darlei, os denunciados jogaram seu corpo às margens de uma estrada vicinal no
município de Silvânia. Já a vítima Dallyla, após ser morta, teve seu corpo
ocultado pelos denunciados em local desconhecido, não sendo encontrado até a
presente data, em que pesem todas as diligências realizadas.
Em relação
ao homicídio praticado contra Darlei, a denúncia imputa duas qualificadoras
(motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima); já em relação à
vítima Dalylla, além das duas qualificadoras mencionadas há uma terceira qualificadora
tendo em vista que o homicídio fora praticado como “queima de arquivo”.
A denúncia
criminal já foi recebida pelo juízo da comarca de Santo Antônio do Descoberto,
tendo sido decretada a prisão preventiva dos cinco denunciados. Em relação ao
delito de associação criminosa na modalidade “grupo de extermínio”, o MP-GO
aguarda o término das investigações da Polícia Federal e o respectivo
encaminhamento do inquérito policial que se encontra dentro do prazo legal.
Fonte: MPGO
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