Um dos
principais símbolos culturais de Goiás, o pequi se destacou na Pesquisa de
Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura (Pevs), divulgada nesta
quarta-feira (6) pelo Instituto Brasileira de Geografia e Estatística (IBGE). O
levantamento apresenta dados consolidados do ano de 2020.
De acordo
com o IBGE, ano passado a extração de pequi em território goiano avançou 10,4%
na comparação com 2019, chegando a 2.582 toneladas. O volume representa 97,1%
da extração de produtos alimentícios no Estado. Enquanto isso, o valor da
produção do fruto avançou ainda mais: 19,9%, atingindo R$ 3,8 milhões.
Com o
resultado, Goiás se manteve na terceira posição entre os maiores produtores de
pequi do país, atrás apenas de Minas Gerais e do Tocantins. Entre os municípios
goianos, Damianópolis assumiu a posição de maior produtor. Santa Terezina de
Goiás, Campos Verdes, Crixás, Niquelândia, Sítio D’Abadia, Buritinópolis,
Mambaí, Santa Tereza de Goiás e Uruaçu vêm na sequência.
“A pesquisa
do IBGE indica que, além da relevância gastronômica e cultura, o pequi ganha
cada vez mais importância na economia local”, diz o secretário de Agricultura,
Pecuária e Abastecimento, Tiago Mendonça. Ele ressalta que o fruto é tema de
pesquisas da Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa
Agropecuária (Emater), entre elas a de uma variedade sem espinhos.
No segmento
de extração vegetal como um todo, o Estado cresceu 19,6% em valor de produção,
saindo de R$ 15,9 milhões em 2019 para R$ 19,0 milhões no ano passado. A média
nacional foi de +6,3% no mesmo período. Além do pequi, os produtos que mais
contribuíram para os números do Estado foram a lenha e o carvão vegetal.
A Pevs
mostra que a extração de carvão vegetal quase dobrou: passou de 2.476 toneladas
em 2019 para 4.726 toneladas em 2020 (+90,9%). Lenha e madeira em tora, por
outro lado, registraram quedas no volume extraído de 3,5% e 12,6%,
respectivamente. No caso da extração de lenha, o valor de produção subiu 4,0%,
enquanto no caso da madeira em tora caiu 10,0%.
Silvicultura
Em Goiás, a
produção de carvão vegetal também cresceu também no segmento da silvicultura,
ou seja, de florestas plantadas. Em 2020, o volume produzido foi 18,9% superior
ao de 2019. Saiu de 2.554 toneladas para 3.036. O valor de produção avançou
15,8%: de R$ 3,1 milhões para R$ 3,6 milhões.
O maior
produtor goiano foi Itarumã, que mais que dobrou o volume produzido (111,8%) no
ano passado em relação ao ano anterior. São João D’Aliança, Caçu, Catalão e
Alto Paraíso de Goiás completaram o ranking. Lenha e madeira em tora recuaram
4,9% e 8,6% na comparação entre o volume produzido no ano passado e no
anterior.
A pesquisa
com dados consolidados de 2020 mostrou retração de 18,6% na área total dos
efetivos da silvicultura no Estado. Entre os municípios, Catalão teve a maior
área de cultivo de florestas: com 12,0 mil hectares. Niquelândia, Rio Verde,
Ipameri e Campo Alegre de Goiás vieram atrás.
Ainda
segundo o IBGE, a área de total de eucalipto no Estado caiu 19,5%; e a de
pinus, 3,9%. As áreas relativas a outras espécies se mantiveram praticamente
inalteradas. O segmento de silvicultura como um todo registrou queda de 5% em
2020 na comparação com o ano anterior.
Saiba
mais
A Pesquisa
de Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura (PEVS) apresenta dados sobre
produção da extração vegetal, produção da silvicultura, valor da produção e
áreas existente e colhida de cultivos florestais. A periodicidade do
levantamento é anual e sua abrangência, nacional, podendo ser filtradas
informações de Brasil, grandes regiões, unidades federativas, mesorregiões,
microrregiões e municípios.
Os primeiros
levantamentos sobre extrativismo vegetal tiveram início no Ministério da
Agricultura em 1938. A partir de 1974, o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) passou a ser responsável por todas as fases da pesquisa.
Naquele ano foi lançada a pesquisa da silvicultura. Mas apenas em 1986 os dois
inquéritos foram unificados.
Fonte: IBGE
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