O governador
Ronaldo Caiado anunciou que Goiás vai distribuir absorventes a alunas da rede
pública e mulheres em situação de vulnerabilidade. Durante o discurso, o líder
político disse que a iniciativa é uma forma de reduzir o desequilíbrio social
na vida das jovens.
"Essas
pessoas estão fugindo da aula por não terem condições de ter um absorvente”,
diz Caiado.
A reportagem
questionou sobre como será feita a distribuição, mas o governo informou que os
detalhes técnicos ainda estão sendo definidos.
Segundo o
governo, a distribuição está prevista para começar a partir de novembro deste
ano e a verba virá do fundo Protege Goiás, da Secretaria de Economia. O
governador disse que já determinou à secretária de Educação e ao secretário de
Desenvolvimento Social o início do programa.
O discurso,
feito na sexta-feira (8), vem após o veto do presidente Jair Bolsonaro a
distribuição gratuita dos itens para estudantes de baixa renda de escolas
públicas e pessoas em situação de rua ou de vulnerabilidade extrema, com o
argumento de que o texto do projeto não estabeleceu de onde sairia o recurso
para compra do material.
O fato
anunciado por Caiado, reflete um levantamento da Organização das Noções Unidas,
que aponta que uma em cada quatro mulheres já faltou a aula por não poder
comprar absorventes. Destas, 48% tentou esconder o real motivo para a falta.
O veto
A proposta
de distribuição gratuita de absorvente menstrual para estudantes de baixa renda
de escolas públicas e pessoas em situação de rua ou de vulnerabilidade extrema,
de origem na Câmara dos Deputados, foi avalizada pelo Senado no dia 14 de
setembro e seguiu para a sanção do presidente. Bolsonaro sancionou o projeto,
criando o Programa de Proteção e Promoção da Saúde Menstrual, mas vetou o
artigo 1º, que previa a distribuição gratuita de absorventes higiênicos, e o
artigo 3º, que estabelecia a lista de beneficiárias:
estudantes
de baixa renda matriculadas em escolas da rede pública de ensino;
mulheres em
situação de rua ou em situação de vulnerabilidade social extrema;
mulheres
apreendidas e presidiárias, recolhidas em unidades do sistema penal; e
mulheres
internadas em unidades para cumprimento de medida socioeducativa.
O presidente
vetou, ainda, o trecho que incluía absorventes nas cestas básicas distribuídas
pelo Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional.
Bolsonaro
argumentou, entre outros motivos, que o projeto aprovado pelo Congresso não
previu fonte de custeio para essas medidas.
O texto
aprovado previa que o dinheiro viria dos recursos destinados pela União ao
Sistema Único de Saúde (SUS) – e, no caso das presidiárias, do Fundo
Penitenciário Nacional.
Fonte: G1
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