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Parque Estadual de Terra Ronca, soma 200 cavernas




Há milhões de anos, as águas das chuvas e dos rios que escoam pelas veredas da Serra Geral, na divisa entre Bahia e Goiás, percorreram o solo rico em quartzito, formando uma série de cavernas ao encontrar o maciço de rochas calcárias afetadas por atividades sísmicas.

 Em meio ao silêncio, o ruído provocado pela circulação do líquido nas cavidades subterrâneas dava a impressão de que a terra “roncava”, fato que originou tempos depois o nome do lugar.

Com a umidade, um desabamento principal abriu salões monumentais, em uma área de aproximadamente 57 mil hectares, dando ao Parque Estadual de Terra Ronca a estrutura encontrada hoje, em que riquezas naturais são preservadas em um ambiente de constante transformação.

E o que virou objeto de estudo de muitos espeleólogos (especialistas em cavernas) também tem despertado o interesse de turistas, experientes ou não na exploração desses locais.

 Os principais atrativos são, sem dúvida, as grutas e cavernas, onde o cerrado e a Floresta Amazônica se misturam.

Para conhecer o parque, o turista deve programar com antecedência o passeio, que pode durar um dia todo ou vários, dependendo da disposição e do preparo físico dos aventureiros, além das condições climáticas.

Há grutas com diversos níveis técnicos: algumas só devem ser exploradas por profissionais experientes; outras, de fácil acesso, podem ser visitadas por pessoas de quaisquer idades e condicionamento físico, exceto as que tenham problemas cardíacos ou nas articulações.

Nos períodos chuvosos — entre novembro e março —, é necessário cautela: a grande quantidade de água das chuvas aumenta o nível dos rios e invade o interior das cavernas, formando fortes correntezas e cachoeiras, que podem ser perigosas para os despreparados.

 A regra geral para quem desejar fazer a trilha é sempre contar com a presença de guias, que podem ser os condutores locais ou equipes contratadas por empresas de turismo em Goiás ou no Distrito Federal.

O parque soma aproximadamente 200 cavernas e grutas. As mais visitadas são Terra Ronca I e II, Angélica e São Bernardo. A primeira delas tem aproximadamente 760 metros de extensão e quase 90 metros de boca (abertura na entrada da caverna). Fica à margem da estrada que liga os municípios goianos de Posse e São Domingos e, por isso, é a mais conhecida. O percurso é de nível médio e pode levar entre 30 minutos e uma hora.

Terra Ronca II, com aproximadamente 1km de extensão e 120 metros de boca, fica a alguns minutos da outra caverna. O percurso dá um pouco mais de trabalho, mas a vista é de encher os olhos. Destaca-se o Salão dos Namorados, considerado o quarto maior do mundo. Lá, os visitantes percorrem uma área de 500m de diâmetro e cerca de 100m de altura, adornada por imensas estalactites, estalagmites, colunas e outros espeleotemas (formações típicas no interior de cavernas). O passeio por Terra Ronca I e II deve ser feito em, no mínimo, dois dias.

Ficando alguns dias extras no parque estadual, é possível conhecer mais duas cavernas muito visitadas. Distante 35km de Terra Ronca, a Angélica guarda uma magnífica formação geológica e impressiona pelo percurso tranquilo, mas que dispensa pelo menos quatro horas de atividade. Apesar de pouco explorada, a caverna São Bernardo também merece atenção.

A entrada é estreita; o terreno, íngreme; e a grande vazão de águas em seu interior exige o acompanhamento de guias experientes. Todas as cavernas do parque ecológico apresentam particularidades, mas têm em comum o cenário fantástico, capaz de dar ao visitante a sensação de ser sempre o primeiro a desbravar esse novo mundo no cerrado.

Texto: CorreioWeb

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