Decisão do
ministro João Otávio de Noronha, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE),
indeferiu mais pedido de liminar da prefeita cassada de São Domingos, Etélia
Vanja Moreira Gonçalves, que pretendia seu retorno à chefia do Poder Executivo.
Ao negar o
pedido, o ministro afirmou: “Do exame dos autos verifica-se a presença de
elementos probatórios suficientes que permitem a condenação da autora pela
prática de captação ilícita de sufrágio e de captação ilícita de recursos de
campanha.” Leia aqui a íntegra da decisão.
O recurso
foi interposto em ação de investigação judicial eleitoral proposta pelo MP-GO
contra a prefeita cassada, o vice-prefeito, Ruy de Oliveira Pinto, e o marido
dela, o ex-prefeito Gervásio Gonçalves da Silva, por irregularidades ocorridas
na eleição suplementar de 2013. Em decisão de primeiro grau, os réus foram
cassados, mas inconformados com a determinação, interpuseram recurso no
Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO), que foi negado. Veja sobre os
recursos no Saiba Mais.
Conforme
esclarece o promotor eleitoral de São Domingos, Douglas Chegury, a partir desta
decisão do TSE estão confirmadas as novas eleições suplementares para o
município. A votação será realizada no dia 14 de junho de 2015. Confira aqui a
Resolução nº 239 do TRE-GO, com o respectivo calendário eleitoral.
Entenda
Nas eleições
de 2012, o prefeito Oldemar de Almeida Pinto Filho, que concorria à reeleição,
teve seu mandato cassado por decisão judicial em ação de investigação judicial
eleitoral proposta pelo MP. A decisão foi confirmada pelo TRE e pelo TSE, tendo
sido realizada eleição suplementar em julho de 2013, que elegeu a prefeita
Etélia Gonçalves e o vice, Ruy Oliveira. Em razão das irregularidades ocorridas
no pleito suplementar, tais como doação de combustível, compra de votos,
transporte ilegal de eleitores, falsidade documental na prestação de contas,
corrupção eleitoral, abuso do poder e fraude, o MP propôs ações eleitorais para
a cassação dos diplomas de Etélia e Ruy.
No final do
mês de agosto de 2014, o juízo eleitoral acatou o pedido formulado pelo MP,
cassando o mandato da administradora municipal e do vice. A decisão também
tornou-os inelegíveis por oito anos, assim como o marido da gestora, Gervásio
Gonçalves, diretamente envolvido em todas as ilegalidades constatadas no último
pleito, principalmente na distribuição ilegal de combustíveis, compra de votos,
transporte de eleitores, corrupção e fraude.
Fonte: MPGO
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