Prefeito de Cavalcante/GO é acionado por omitir informações sobre royalties de usina destinado ao município
A promotora
de Justiça Úrsula Catarina Fernandes Pinto acionou o prefeito de Cavalcante,
João Pereira da Silva Neto, por ato de improbidade administrativa, pela omissão
do gestor sobre informações requisitadas pelo MP quanto à aplicação de valores
recebidos pelo município a título de royalties da Usina Tractbell Energia.
Na ação, a
promotora requer a condenação do gestor nas penalidades previstas na Lei de
Improbidade Administrativa, tais como a perda da função pública, a suspensão de
direitos políticos, pagamento de multa, entre outras.
A omissão
A promotora
relata que, desde meados de outubro de 2015, tem buscado informações sobre a
aplicação dos valores recebidos pelo município, num montante médio anual de R$
1,4 milhão.
Na ocasião, ela queria saber quem era a autoridade responsável pela gerência desses recursos, qual a sua destinação, em que conta o dinheiro é depositado e se há prestação de contas desses valores.
Em resposta,
o prefeito informou que não tinha condições de responder tais perguntas e que
todas as receitas e despesas são lançadas no portal da transparência, “Diante
dessa resposta, chegamos a consultar o portal, mas, lamentavelmente sem êxito, já
que a administração municipal não o abastece de dados”, afirma Úrsula Catarina.
Ainda em
2015, a promotora renovou o pedido, com a advertência de que a omissão poderia
configurar ato de improbidade administrativa, obtendo parcialmente as
informações. Em abril deste ano, mais uma vez, ante a omissão quanto à
destinação dada aos valores, foram feitas novas requisições sobre o assunto.
O gestor
pediu prorrogação de prazo, mas, até o momento, não houve qualquer resposta à
promotoria legal.
“Evidente
que essa omissão é desrespeitosa e ilegal e nitidamente percebe-se a intenção
do prefeito em sonegar as informações. Enquanto isso, o município, apesar de
receber valor considerável de royalties não conta com obras ou políticas
públicas efetivas e padece numa crise”, conclui a promotora.
Fonte: MPGO
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