MP deflagra Operação em Formosa, Planaltina e Posse/GO para desarticular desvios de recursos da Igreja Católica
O Ministério
Público de Goiás (MP-GO) deflagrou na madrugada desta segunda-feira (19/3) a
Operação Caifás, que visa desarticular uma associação criminosa que atuava
desviando recursos da cúria (administração central) da Diocese da Igreja
Católica de Formosa, bem como de algumas paróquias ligadas a ela em outras
cidades.
Os recursos
eram provenientes de dízimos, de doações, de taxas como batismo, casamento,
dentre outras, e de arrecadações festivas de dinheiro proveniente de fiéis.
Ao todo
estão sendo cumpridos 13 mandados de prisão e 10 de busca e apreensão em três
municípios de forma simultânea, sendo 9 de prisão e 5 de busca e apreensão em
Formosa; 3 de prisão e 4 de busca e apreensão em Posse; e 1 de prisão e 1 de
busca e apreensão em Planaltina, todos contra lideranças religiosas ou
administrativas ligadas à Igreja Católica.
Entre os
presos, estão o bispo de Formosa, Dom José Ronaldo, quatro padres e um
monsenhor. Além de residências e igrejas, até um monsteiro é alvo da
investigação.
A operação
tem a coordenação dos promotores de Justiça Fernanda Balbinot e Douglas Chegury
e conta com a atuação de mais dez promotores, com apoio do Centro de
Inteligência (CI) do MP-GO, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime
Organizado (Gaeco) do Entorno do Distrito Federal, do Gabinete de Segurança
Institucional (GSI-MP), além da Polícia Civil e da Polícia Militar.
As
investigações se iniciaram após o Ministério Público ter recebido denúncias de
apostolados leigos (fiéis) dando conta que os desvios haviam sido iniciados em
2015. Acionado, o MP apurou as denúncias que culminaram com a operação em
curso. Neste momento, os promotores e policiais cumprem os mandados em
residências, na cúria da Diocese de Formosa, em paróquias de outras cidades e
também em um mosteiro.
A suspeita é
que o prejuízo estimado é de mais de R$ 2 milhões.
Segundo o
promotor de Justiça Douglas Chegury, foram apreendidas caminhonetes da cúria em
nomes de terceiros, além de uma grande quantia de dinheiro em espécie, cujo
valor ainda não foi divulgado.
Fonte: MPGO e
G1
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