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Prefeito de Flores de Goiás é acusado de barganha para evitar cassação



Vereadores de Flores de Goiás teriam cobrado as secretarias e saúde e de agricultura da cidade para evitar a cassação do prefeito Jadiel Ferreira (PR). Na última sexta-feira (16), foi divulgado áudio de uma conversa entre Jadiel e a secretária de saúde, Valquíria Fernandes, em que o prefeito diz que seis vereadores pediram a pasta.

A história, que movimento o município, teve inicio depois que chegou a Câmara Municipal um ofício do Ministério Público de Goiás, da comarca de Formosa, pedindo para que a casa tomasse medidas legais cabíveis quanto à interdição do prefeito.

No documento, consta uma ação declaratória, de março de 2016, que tem Jadiel e sua esposa como autores.

A ação coloca que o prefeito é incapacitado por ser acometido de transtorno delirante persistente e cita um processo na 22º Vara da Família de São Paulo, em que a esposa dele foi nomeada sua curadora provisória. Jadiel confirma o fato, dizendo que existe uma liminar que a coloca como curadora, sendo, assim, ela quem deve representá-lo nos atos da vida civil.

A ação pede a nulidade de uma compra feita pelo prefeito e a ilicitude do negócio concretizado. Nos fundamentos, o advogado descreve que a anulação se deve pela “incapacidade absoluta” de Jadiel. “Esse transtorno se dá justamente por gastos exagerados, megalomania e sensação de riqueza, tendentes a não permitir que o autor pudesse ter o seu juízo correto a realizar qualquer negócio jurídico sozinho”, relata a ação.

Pressão

Assim, quando o documento do MP chegou a Câmara, vereadores teriam ido ao prefeito para pressioná-lo. Segundo a secretária de saúde, Valquíria Fernandes, a informação que circulava na cidade é que ele seria cassado. Após uma reunião com os vereadores, Jadiel anunciou uma mudança na prefeitura, incluindo as secretarias de Saúde e Agricultura.

No áudio da conversa entre Valquíria e Jadiel, o prefeito diz que houve algumas substituições. “Inclusive a tua”, afirmou. A Secretária então pergunta quem pediu a substituição, ao que ele responde que foram seis vereadores. Valquíria garante que não foi responsável pela divulgação do áudio.

A reportagem, Jadiel afirma que o áudio foi um mal entendido e a prefeitura está fazendo uma reorganização. O prefeito pontuou que não foram seis vereadores que pediram a substituição, como disse no áudio, e sim dois. “Na época era o que eu sabia”, justificou.

Conforme o gestor, não há relação entre o documento que chegou a Câmara e a mudança nos cargos. Jadiel afirma que a situação chegou a um estágio que era preciso fazer algo para aproximar o Legislativo do Executivo. “Eu ia fazer isso de qualquer maneira (as mudanças), mais cedo ou mais tarde”, disse.

De acordo com ele, a ação declaratória foi movida por sua mulher, que não queria que ele fosse candidato. “Por isso ela fez isso”, disse, afirmando que ação possui “um monte de bobagens”. Jadiel afirmou que o transtorno citado em documento também foi usado para tentar impedi-lo de ser candidatar e tomar posse. No entanto, houve um entendimento favorável na Justiça Eleitoral. “Não conseguiram me interditar”, disse.

Presidente da câmara, Jaci Bela Vista disse que estava viajando no dia da reunião do prefeito com os vereadores. De acordo com ele, as mudanças pedidas pelos vereadores nas pastas são “antigas”.

Fonte: O Popular

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