Ministério
Público do Estado de Goiás (MP-GO) investiga se padres pagavam uma espécie de
"mesada" ao bispo de Formosa, Dom José Ronaldo, para que fossem
mantidos em paróquias mais lucrativas.
A Operação
Caifás, deflagrada pelo órgão na segunda-feira (19), aponta que a cúpula da
Igreja Católica em três cidades goianas desviava e se apropriava de recursos
oriundos de dízimos, doações e festas realizadas por fiéis.
Nove pessoas
foram presas, incluindo o bispo e quatro padres, que devem começar a ser
ouvidos nesta terça-feira (20).
De acordo
com o promotor de Justiça Douglas Chegury, responsável pela operação, uma
testemunha revelou que os padres repassavam mensalmente a Dom José Ronaldo
quantias que variavam entre R$ 7 mil e R$ 10 mil. O prejuízo estimado causado
pelos desvios é superior a R$ 2 milhões.
"As
informações que nós obtivemos é que, para permanecer nas paróquias que davam
mais dinheiro, os padres pagavam uma mesada, em dinheiro, ao bispo. Um pároco,
que contribuiu com as investigações, inclusive, chegou a ver esse
repasse", disse ao G1.
Chegury
afirmou que, nesta situação, estão as paróquias de Posse e Planaltina, onde,
além de Formosa, foram cumpridos os mandados.
Em Posse,
por exemplo, foi apreendido na casa de um dos clérigos dinheiro no fundo falso
de um guarda-roupa. Segundo a TV Anhanguera apurou, o montante contabilizou R$
70 mil. A quantia estava em sacos plásticos. Além da quantia, também foram apreendidos
itens como cordões de ouro e relógios.
Fonte: G1
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