Inicialmente,
a Justiça determinou a prisão temporária dos nove suspeitos, que prevê cinco
dias de reclusão, podendo ser estendido por mais cinco. No entanto, os
promotores do MPGO apresentaram a denúncia na sexta-feira (23/3), e tiveram o
pedido aceito pela Justiça, que converteu a prisão em preventiva, sem data
definida de saída.
Apenas o
secretário da Cúria de Formosa, Guilherme Frederico Magalhães, um dos presos,
responderá em liberdade.
Após o
período de depoimentos, que ocorreu na semana passada, os promotores começaram
a análise do material encontrado durante a operação. Além das denúncias
iniciais, os investigadores constataram mais de 70 veículos registrados na
Cúria de Formosa e um celular de funcionamento via satélite no nome do
monsenhor Epitácio Cardozo Pereira, vigário-geral da Diocese de Formosa.
Chegury aponta que ainda não se sabe onde estão os veículos e que os peritos
vão analisar o conteúdo do telefone, que é de difícil acesso.
Defesa
Nesta
segunda-feira (26/3), a Justiça notificou formalmente os advogados dos
acusados. Isso significa, que eles têm até 10 dias para apresentar a defesa. O
grupo é composto por oito profissionais. Um deles, Bruno Opa, afirma que eles
elaboram a melhor estratégia para ser apresentada à Justiça. "Estamos
fazendo reuniões constantes para conduzir o caso", frisa.
Patrimônio
Os
promotores de Justiça que cuidam do caso não terminaram de avaliar toda a
documentação apreendida na operação nem contabilizaram o valor total
supostamente desviado pelos sacerdotes. A suspeita é de que o grupo tenha
faturado mais de R$ 2 milhões em dois anos. Até o momento, os investigadores
dizem ter comprovado a compra de uma fazenda de gado em Formosa, uma lotérica
em Posse (GO), duas caminhonetes, joias e moedas estrangeiras. Os itens estão
avaliados em ao menos R$ 1,4 milhão. Durante a execução dos mandados, agentes
apreenderam R$ 156 mil em espécie - R$ 8 mil em moeda estrangeira. Os relógios
de marca encontrados estão sendo avaliados para estimar o valor de cada
peça.
Por causa do
escândalo, o papa Francisco ordenou a abertura de uma investigação por parte da
Igreja Católica brasileira. O MPGO entregou uma cópia do inquérito à Conferência
Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). A apuração da Santa Sé não tem prazo. No
entanto, admite o afastamento imediato e a expulsão, caso seja comprovada a
culpa, de dom José Ronaldo Ribeiro.
Para manter
as atividades da Igreja na região e tranquilizar os fiéis, Francisco nomeou o
arcebispo de Uberaba (MG), dom Paulo Mendes Peixoto, administrador apostólico
da diocese de Formosa. Ele assumiu a função na quinta-feira. A reportagem,
disse estudar uma auditoria pública nas contas da diocese de Formosa.
Fonte:
CorreioWeb
Comentários
Postar um comentário