Por conta
das chuvas das últimas semanas, o nível dos mananciais da Chapada dos
Veadeiros, no Nordeste de Goiás, aumentou consideravelmente. Mas o volume de
água que afugenta grande parte dos turistas tem atraído um público em busca do
espetáculo das cheias dos rios Preto, Raizama e São Miguel, na Vila de São
Jorge, em Alto Paraíso de Goiás.
Em vez de
roupa de banho, o traje na trilha do Salto Raizama é capa ou guarda-chuva. Ao
chegar no local, o visitante recebe a orientação que o passeio é estritamente
visual. O dono da propriedade, João Fernandes explica que apesar do medo da
tromba d'água (quando o nível do curso hídrico sobe rapidamente), há lugares na
chapada preparados para receber os turistas. "Nesse período a pessoa não
precisa correr da natureza, basta ter cuidado. A gente tem a enchente como
atrativo, e muito especial por sinal", diz.
Fernandes
explica que todo o percurso é cercado de guarda-corpo de madeira e o cânion
possui corrimãos, tudo para aumentar a segurança. "Quando a pessoa não vem
com guia, a gente faz o acompanhamento na propriedade para evitar
incidentes."
Nos períodos
de chuva, Fernandes conta que a visitação diminui bastante, até mesmo porque a
cultura do brasileiro é muito ligada ao banho de rio. "Mas sempre tem um
ou outro que vem contemplar. Dá fotos incríveis", avisa. Entre os
principais atrativos da propriedade, que funciona diariamente, estão o salto do
Raizama, uma queda d'água de 50 metros, e o encontro do Rio Raizama com o São
Miguel.
O Parque
Nacional da Chapada dos Veadeiros (PNCV) é um dos atrativos da região que segue
aberto neste período chuvoso. Chefe da unidade de conservação, o analista
ambiental Luís Henrique Neves alerta, no entanto, destaca que o banho nos rios
não é permitido.
Dentro do
parque estão situados os saltos do Rio Preto, a Cachoeiras da Carioquinhas e o
mirante do Carrossel. Todos seguem com uma quantidade de água que encanta, mas
ao mesmo tempo assusta, de tão volumosa.
Fonte: O
Popular
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