Na cidade de
Flores de Goiás, localizada no Nordeste goiano, cerca de 10% da folha de
pagamento de dezembro ainda está em aberto. O prefeito Jadiel Ferreira de
Oliveira (PL) afirma que recebe valor menor do Fundo de Participação dos
Municípios (FPM) por causa de dívidas contraídas em gestões anteriores.
“Quando
assumi o mandato em 2016, precisava pagar R$ 16,8 milhões. Conseguimos reduzir
para R$ 3,8 milhões em três anos. Mas a cobrança do governo federal é
incontrolável. O FPM em janeiro deste ano já veio 12% menor do que em 2019.
Tudo está mais caro, mas estamos recebendo menos dinheiro”, afirma o prefeito.
Flores de
Goiás tem pouco mais de 16 mil habitantes, segundo o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), e tem como destaque a produção de arroz. No
entanto, Jadiel afirma que a agricultura não gera riqueza para o município
porque falta indústria. “Também chegamos a ter 180 mil cabeças de gado nas
nossas fazendas. Porém, só vemos os caminhões levando os animais para empresas
ficam longe daqui. Recebemos pouco ICMS e o repasse do governo federal é
insuficiente. Eu gasto R$ 250 mil com transporte escolar por mês, mas ganho só
R$ 168 mil para este fim por ano”, afirma o prefeito.
Os
servidores do município que ainda não receberam o salário são, segundo o
prefeito, funcionários administrativos da Secretaria Municipal de Educação.
Jadiel
afirma que tinha previsão de realizar o pagamento até o fim do mês, mas foi
necessário repassar R$ 100 mil para quitar o duodécimo da Câmara Municipal. Com
isso, não há previsão para fechar a folha de dezembro.
Fonte: O
Popular
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