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Políticos goianos se dividem sobre impacto de demissão de Moro



A saída de Sérgio Moro do Ministério da Justiça e Segurança Pública é vista por lideranças políticas goianas como a maior perda que o governo de Jair Bolsonaro (sem partido) sofreu desde o início do mandato, em janeiro de 2019. Parlamentares da oposição relatam que a decisão anunciada pelo ex-ministro ontem terá impacto na relação de Bolsonaro com o Congresso Nacional, devido ao prestígio que Moro tem entre deputados e senadores. Por outro lado, apoiadores do presidente afirmam que ainda é cedo para calcular os prejuízos para o governo.

Líder da bancada goiana na Câmara dos Deputados, Flávia Morais (PDT) diz que as alegações feitas por Moro sobre suposta tentativa de interferência de Bolsonaro em investigações da Polícia Federal são graves e precisam ser apuradas. “Acredito que a oposição vai se fortalecer e a base do governo no Congresso, enfraquecer. Essa situação era tudo o que o Brasil não precisava neste momento em que estamos lutando contra o coronavírus.”

Para o senador Vanderlan Cardoso (PSD), Bolsonaro precisa escolher imediatamente o novo ministro da Justiça e evitar entrar em polêmicas. Vanderlan, que é apoiador do presidente, diz que ainda é cedo para afirmar se bancadas do Congresso irão romper com Bolsonaro.

Ontem, o presidente da frente parlamentar da Segurança Pública, Capitão Augusto (PL-SP), disse que a bancada da bala discutiria o rompimento com o presidente. No entanto, o deputado por Goiás e vice-presidente da frente, João Campos (Republicanos), disse que esta é apenas a opinião de Augusto. “É muito cedo para fazer a avaliação do peso para o Congresso. Penso que as consequências para a opinião pública são maiores do que para o parlamento. É um conflito entre duas pessoas que acreditamos muito.”

Membro da frente parlamentar da Segurança Pública, o deputado Delegado Waldir (PSL) diz que é grande a possibilidade de rompimento do grupo com Bolsonaro. O deputado afirma que as alegações feitas por Moro contra o presidente serão investigadas e a possibilidade de abertura de processo de impeachment existe. “O Moro tinha bancada mais forte que a do presidente. Isso cria uma tempestade na Câmara.” Já Rubens Otoni (PT) disse que a saída de Moro “demonstra a desintegração do governo Bolsonaro”. “Com certeza ele vai ter mais dificuldade de construir base.”

O senador Jorge Kajuru (Cidadania) concorda que a saída de Moro dificultará o relacionamento do governo federal com o Congresso e diz que o presidente terá que buscar novas estratégias de diálogo. “O pior é que nada disso gera emprego, só tristeza. Temos quase um ano e meio de governo, não era para estar assim”. Nas redes sociais, o senador Luiz do Carmo (MDB) disse que Bolsonaro perdeu “o maior pilar moral do governo”

Caiado

O governador Ronaldo Caiado (DEM) se pronunciou pelas redes sociais, afirmando que Moro “tem uma vida de grandes serviços prestados ao País na moralização e no combate à corrupção” e classificou a situação como “lamentável”. O secretário de Segurança Pública de Goiás, Rodney Miranda, diz que a situação traz poucas mudanças para as secretarias porque as demandas continuam as mesmas, com destaque para os pedidos de recursos. Delegado aposentado da Polícia Federal, Miranda afirma que os colegas se preocupam principalmente com o nome que assumirá o comando da instituição.

Fonte: O Popular

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