“Sempre priorizamos a vida”, diz Caiado sobre pacientes do Amazonas que serão transferidos para tratamento em Goiás
Durante
posse do prefeito de Goiânia, Rogério Cruz, governador fala sobre espírito de
solidariedade dos goianos em momentos difíceis e destaca que Estado será
exemplo para o Brasil com maior disponibilização de vagas em unidades de saúde
aos amazonenses. Ao defender imunização contra Covid-19, disse que “não podemos
admitir que seja ideologizada a vacinação. A ciência está acima de tudo”
Goiás deve
receber a maior parcela de pacientes encaminhados pela Secretaria da Saúde do
Amazonas (SES-AM), segundo informou nesta sexta-feira (15/01), o governador
Ronaldo Caiado. Durante solenidade de posse do prefeito de Goiânia, Rogério
Cruz, no plenário da Câmara Municipal, ele destacou que “sempre priorizamos a
vida” e que jamais deixou dúvidas de que o Estado receberia “todo e qualquer
cidadão com risco de vida para ser tratado”.
Primeiro
deverão chegar 20 pacientes, mas, segundo o governador, Goiás poderá receber,
ao todo, 120 amazonenses que necessitam de internação. “Goiás vai ser o Estado
que vai dar o exemplo para o Brasil com o maior número de vagas compartilhadas
aos nossos irmãos amazonenses que passam pela atual crise na área da saúde”,
pontuou.
A Secretaria
de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO) organiza junto ao Hospital das Clínicas
(HC) da Universidade Federal de Goiás (UFG-GO) para que os pacientes sejam
internados na unidade. O HC conta com novo prédio inaugurado recentemente, em
dezembro, com espaço vago e estrutura para abertura de novos leitos. Assim, é
possível atender pacientes do Amazonas sem impactar a rede estadual de saúde
goiana.
Caiado
destacou ainda que hoje é possível ajudar outros Estados graças à estrutura
disponibilizada pelo governo estadual desde o início da pandemia. “Se nós
estamos compartilhando esses leitos é porque nós temos a responsabilidade de
darmos atenção às pessoas que estão morrendo asfixiadas neste momento”, disse.
A estrutura
do Estado para atendimento de pacientes com Covid-19 conta com 253 leitos de
Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e 447 de enfermaria. São sete Hospitais de
Campanha (Porangatu, Goiânia, Jataí, Luziânia, Formosa, Itumbiara e São Luís de
Montes Belos), além de unidades próprias que oferecem atendimento para
pacientes vítimas de Covid-19, como o Hospital de Doenças Tropicais (HDT),
Hospital de Urgência Governador Otávio Lage (Hugol), Hospital Estadual De
Jaraguá Sandino de Amorim (Heja) e Hospital Estadual de Urgências de Anápolis
Dr. Henrique Santillo (Huana). “Hoje, nós temos uma equipe com experiência, que
aprendeu a lidar com o problema, temos estrutura”, disse.
De acordo
com informações da SES-AM, será realizada uma triagem dos pacientes que seriam
elegíveis para vir. Essa avaliação será validada por técnicos e consultores da
Organização Pan-americana de Saúde (Opas) e do Hospital Sírio-Libanês para que
seja homologada pelo Ministério da Saúde. A partir disso será programado o
embarque, voo e desembarque.
O governador
lembrou, também, que, em fevereiro de 2020, o Estado acolheu brasileiros vindos
de Wuhan, na China, por conta da pandemia da Covid-19. “Ninguém os aceitava”,
sinalizou. “O goiano é um povo presente nos momentos mais delicados da vida de
todos os cidadãos. Nós temos esse estilo de ser extremamente adeptos a ajudar
as pessoas, de cuidar das pessoas”, disse. A saída da China ocorreu no dia 05
de fevereiro, durante a chamada Operação Regresso, que envolveu dois aviões da
Força Aérea Brasileira (FAB) e 24 profissionais. Foram repatriados 34
brasileiros e seus familiares, que estavam no epicentro do surto do coronavírus.
Vacinação
O governador
ressaltou que está em contato diário com profissionais da Fundação Oswaldo Cruz
(Fiocruz), Instituto Butantan e Ministério da Saúde para que a vacina seja
disponibilizada o quanto antes para a população. Goiás vai receber 7% do total
de vacinas anunciadas nacionalmente. Isso corresponde a 3,2 milhões de doses da
CoronaVac, produzida pelo laboratório Sinovac, do total de 46 milhões previstas
para todo o país, mantendo-se a proporcionalidade em relação aos outros
Estados. Caiado frisou que “não podemos admitir que seja ideologizada uma
vacinação”. Segundo ele, “a ciência está acima de tudo. Essa ciência que salvou
milhões e milhões de pessoas”, pontuou.
Os
preparativos de Goiás para receber as doses estão previstos no Plano de
Operacionalização para a Vacinação contra Covid-19, que prevê como será a
distribuição e armazenamento do imunizante no território goiano, a capacitação
dos trabalhadores da saúde, entre outras ações. “Num primeiro momento você terá
o atendimento aos grupos de riscos, pessoas com mais de 80 anos e área de
saúde”, explicou. “Nós estamos trabalhando para incluir também os professores
na segunda fase, já que seria fundamental para nós o retorno às aulas”,
acrescentou.
Secretaria
de Comunicação - Governo de Goiás
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