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TJGO mantém prisão preventiva de fazendeiro suspeito de matar advogados em Goiânia

advogados Marcus Aprígio Chaves e Frank Alessandro Carvalhaes de Assis


A 1ª Câmara Criminal, do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO), decidiu por unanimidade, manter a prisão do agricultor Nei Castelli, de 58 anos, denunciado pelos homicídios dos advogados Marcus Aprigio e Frank Alessandro.

Os cinco desembargadores votaram pela manutenção da prisão preventiva do suspeito, por considerarem que ela está bem justificada. A sessão ocorreu de forma remota na tarde desta quinta-feira (14) e a relatora do caso foi a juíza substituta em segundo grau, Lília Mônica de Castro Borges Escher.

Marcus e Frank foram assassinados a tiros no dia 28 de outubro, dentro do próprio escritório, no Setor Aeroporto, em Goiânia. A motivação do crime foi uma disputa judicial por uma terra na região de São Domingos, Nordeste de Goiás. Castelli teria ordenado os assassinatos depois de perder uma ação em que os advogados venceram, segundo investigação da Polícia Civil. Além do mandante, também foram presos o executor e dois suspeitos de serem os intermediários entre Nei e o pistoleiro.

O agricultor foi preso temporariamente no dia 17 de novembro, em Catalão. No mês seguinte, sua prisão foi convertida em preventiva. Os advogados de Castelli entraram então com pedido de soltura, alegando que não haveria justificativa para a prisão antes do julgamento. Eles defendem que não tiveram acesso completo à investigação e que não haveria indícios suficientes de autoria.

Em seu voto, a relatora destacou os principais indícios de autoria, que justificam a manutenção da prisão preventiva de Nei Castelli. O empresário do Tocantins, Cosme Lompa Tavares, disse que indicou uma pessoa para Castelli que seria “boa de cobrar dívidas”. O agricultor teria encontrado o pistoleiro na cidade de Porto Nacional (TO). Depoimentos de colegas das vítimas, que relataram o medo, de um dos advogados, de ser morto por alguém da família Castelli. Também foi citada a conversa de aplicativo de celular em que a vítima Marcus dizia ser perigoso executar judicialmente os Castelli, pois poderiam querer matá-lo.

O voto de Lília Mônica de Castro foi acompanhado pelos desembargadores José Paganucci Júnior, Itaney Francisco Campos, Ivo Favaro e pelo juiz substituto em segundo grau Wilson Safatle. O advogado de Nei Castelli, Carlos Fauze, informou que deve recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Advogado assistente de acusação, Luís Alexandre Rassi, declarou que a soltura de Castelli poderia colocar a vida de outras pessoas em risco. “A imprensa do DF recentemente noticiou o envolvimento dele na operação faroeste, na Bahia, que apura a compra de decisões judiciais. Se também for verdade essa suspeita, estamos diante de um perigoso criminoso do País, alguém que não mede esforços para auferir seus objetivos. Na qualidade de advogado da assistente de acusação, também temo por minha vida e dos outros advogados que, juntamente com o Marcus e Frank, atuaram naquele processo ativamente.”

Fonte: O Popular

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