Na
segunda-feira (18/1), agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) encontraram o
veículo ocupado pelo casal de técnicos em radiologia José Cleves Araújo e
Thatielle Cardoso Aires, 25 anos, e a filha de José, a estudante Giovana
Araújo, 16. A família era dada como desaparecida, mas o carro estava caído em
um penhasco a 22 quilômetros de Formosa do Rio Preto (BA).
A princípio,
as informações eram de que o homem conduzia o veículo, porém, a Polícia Civil
da Bahia apresentou uma nova versão: Thatielle estava ao volante na hora do
acidente.
A família
deixou o Distrito Federal na madrugada da última terça-feira (12/1), rumo ao
Ceará. Horas depois, por volta das 10h da manhã, a viagem terminou em um
trágico acidente, no munícipio baiano.
Segundo a
irmã de Thatielle, a vendedora Taline Cardoso, eles entraram em contato quando
estavam no município de Luis Eduardo Magalhães (BA), e afirmaram que voltariam
a ligar, o que não aconteceu. Um radar de velocidade capturou imagem do carro
da família, modelo Honda Civic, quando passava pelo município de Barreiras
(BA).
A Polícia
Civil baiana apresentou novas versões do caso. Inicialmente, uma das suspeitas
era de que José teria dormido ao volante, uma vez que não havia marcas de
frenagem na pista, indicando que o veículo desceu barranco abaixo sem uso de
freio motor.
Porém, de
acordo com os investigadores, descobriu-se posteriormente que Thatielle era
quem conduzia o veículo no momento da tragédia.
“Ela assumiu
a direção no momento em que pararam para falar com a família. Às 7h foi o
último contato, por volta das 10h aconteceu o acidente. Descartamos morte
violenta ou por assalto, pois não tem evidência de nada disso”, diz o delegado
responsável pelo caso, Carlos Roberto.
O laudo que
apontará a dinâmica do acidente só ficará pronto em um prazo de 30 dias, mas
para o chefe de polícia, algumas informações já podem ser consideradas como
praticamente certas.
“Na região
há duas curvas seguidas. Se ela tivesse cochilado, não teria feito nem a
primeira”, revela. Segundo o delegado a falta de experiência pode ter sido um
fator decisivo para o acidente. “Ela fez a primeira [curva], porém a outra é
fechada demais e ela passou direto pelo excesso de velocidade”, diz.
“A gente vê
muito acidente neste período de férias de pessoas vindo de outro estado – São
Paulo, Rio de Janeiro, Brasília – dirigir na estrada não é igual na cidade”,
complementa.
Morte na
hora
Ainda
segundo o delegado, pela diferença entre o estado de decomposição dos corpos, a
tendência é que José Cleves e a filha Giovana Araújo tenham morrido na hora. Já
Thatielle Cardoso, teria ido a óbito horas depois. “Há indícios de que ela não
faleceu no momento, que ela tentou sair do veículo”, conta.
“Os outros
estavam com cinto e um estado de decomposição mais avançado. Ela mesma tirou o
próprio cinto e tentou sair do carro, mas como estava muito amassado não
conseguiu. Mas só a perícia vai poder dizer com certeza”, declara.
Enterro
Os
familiares de Thatielle se despediram da jovem nessa quarta-feira, no Cemitério
Campo da Esperança, em Sobradinho 2. Ela foi a primeira vítima sepultada.
De acordo
com a família, o corpo da estudante Giovana Pimentel estava a caminho de
Brasília nessa quarta e seria o próximo a ser sepultado. O cortejo está marcado
para a manhã desta quinta-feira (21/1), na Cidade Ocidental (GO), Entorno do
DF.
O Instituto
Médico Legal (IML) de Barreiras (BA) ainda não liberou o corpo de José Cleves.
Ele deve ser enterrado em Sobral, no Ceará.
Fonte e texto: Metrópoles
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