“Bandido não dita ordem no meu Estado”, afirma Caiado após forças de segurança conterem princípio de motim em penitenciária
O governador
Ronaldo Caiado comentou, nesta sexta-feira (19/02), sobre o princípio de motim
na Penitenciária Odenir Guimarães (POG) e foi claro: “Bandido não dita ordem no
meu Estado”, garantiu, após equipes policiais controlarem a situação no
Complexo Prisional, em Aparecida de Goiânia.
Segundo o
governador, recuperar a segurança pública no Estado causa incômodo àqueles que
tinham verdadeiros 'bunkers’ [no sentido literal, reduto fortificado, parcial
ou totalmente subterrâneo] nesses locais. “É lógico que eles não terão esse
conforto”, disse Caiado, durante entrevista.
O governador
continuou: “Vamos deixar claro que bandido não vai crescer em Goiás. Todos
estão submetidos às normas da lei”, assegurou. “Não existe ninguém que pode
afrontar o Estado e muito menos tentar achar que não existem forças de
segurança capazes de dar aquilo que a sociedade deseja: o respeito ao cidadão e
à vida”, completou.
Questionado
se poderia trocar o comando da Diretoria-Geral de Administração Penitenciária
(DGAP), uma das reivindicações dos detentos, o governador foi ainda mais
enfático. “Goiás não vai aceitar esse tipo de pressão que existiu durante 20
anos. Aqui tem segurança pública e tem ordem. Não somos coniventes com esse
nível de bandalheira”, reiterou.
“Vamos
deixar claro que quem governa o Estado sou eu, governador e comandante em chefe
da polícia. Já foi a época em que Goiás era comandado por quadrilhas. Agora, é
governado por quem tem credibilidade moral para tomar decisões”, acrescentou o
governador.
Sobre a
reclamação de alimentação inadequada para os presos, Ronaldo Caiado disse que a
informação não procede. “Não tem a menor seriedade o que alegam”, reafirma. O
motim ocorreu um dia após a morte de um agente prisional e da mulher dele na
entrada do complexo prisional. Em menos de 12 horas, as forças de segurança
identificaram os suspeitos. “Nossa área de inteligência já sabe quais são os
tentáculos existentes dentro da penitenciária de Aparecida de Goiânia. É lógico
que eles estão usando dessa motivação para achar que podem intimidar o Estado”.
Ensino
Superior
O governador
também falou sobre o curso de Medicina na Universidade Estadual de Goiás (UEG)
e confirmou que agora ele tem perspectiva real de consolidação, já que, até
então, não havia hospital-escola ou convênio com outra unidade para a formação
adequada dos acadêmicos. “Estadualizamos o São Marcos e estamos com cerca de
100 leitos funcionando, sendo 30 de Unidades de Terapias Intensivas (UTIs)”,
informou. “Criamos condições para que a faculdade de Medicina sobreviva. Se
hoje o curso passa a ser viável, é diante de muitas mudanças que vamos
implantar para atender às exigências do Conselho Regional de Medicina do Estado
de Goiás (Cremego)”, destacou.
De acordo
com Caiado, com a unidade em funcionamento, os alunos passam a ter contato com
pacientes ainda durante a graduação. “Sabem o que é uma doença, passam a fazer
uma anamnese (entrevista ou consulta médica), um exame clínico. Porque, às
vezes, formam um cidadão que nem sabe aplicar injeção. Era isso que queriam”,
registrou o governador, ao relembrar o uso eleitoreiro da universidade pela
gestão passada do governo estadual.
Covid-19
Durante a entrevista,
o governador voltou a alertar sobre o perigo de disseminação de novas variantes
do coronavírus. “Mostram uma capacidade muito maior de contaminação do que a
primeira”, afirmou ao reforçar a necessidade do distanciamento social e do
cumprimento dos protocolos de segurança por parte de toda a população. Ele
disse ainda que, em virtude do crescimento do número de infectados, o Estado
trabalha na abertura de novos leitos para garantir o tratamento adequado aos
doentes.
“Só nas
últimas horas, nós ampliamos mais 25 leitos, com apoio do prefeito de Rio
Verde, Paulo do Vale”, destacou Caiado. Em Goiânia, foram abertas também novas
vagas, 10, no Centro de Reabilitação Dr. Henrique Santillo (Crer). Outra
estratégia implantada pela Secretaria Estadual da Saúde (SES) foi o
cancelamento de cirurgias eletivas em que pacientes precisem de UTI, para que
os espaços fiquem disponíveis para o atendimento de pessoas infectadas pelo
vírus.
Fonte: Secom – GO
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