O secretário
de Estado da Saúde, Ismael Alexandrino, informou que, ao longo do dia de hoje,
deve emitir uma recomendação aos gestores de saúde municipais e categorizar os
municípios de acordo com o nível de contaminação, do avanço da Covid-19. Isso porque, segundo ele, existem regiões e
cidades que apresentam comportamentos diferentes em relação à doença. “Não faz
sentido uma medida linear, que encare o Estado de uma forma só, como se
estivesse tudo num só patamar”, argumentou.
Em
entrevista ao programa O Mundo em sua Casa das Rádios Brasil Central AM e RBC
FM nesta terça-feira, 16, o titular da Pasta da Saúde admitiu que, a depender
do desenrolar da pandemia, medidas mais restritivas podem ser adotadas. “Mas
como eu disse, as recomendações não serão lineares, tratando o Estado como uma
coisa só, porque temos 246 municípios”, declarou.
Conforme o
secretário, na primeira onda da pandemia da Covid-19, no ano passado, foi
verificado o crescimento grande da doença na capital e regiões Metropolitana e
do Entorno do Distrito Federal. Hoje, as cidades do interior, que tiveram uma
contaminação menor na primeira onda da pandemia, nesse momento da segunda onda
apresentam taxa de contaminação alta. Ismael Alexandrino afirmou que a Secretaria
da Saúde avalia diariamente região por região, cidade por cidade. “Ao longo do
dia (de hoje) faremos dessa forma”, completou.
Leitos de
UTI
O secretário
comentou o fato de ontem o HCamp ter registrado 100% de ocupação em seus 100
leitos de UTI. E observou que um hospital com 100 leitos de UTI é “extremamente
robusto”. Afirmou que, como havia sido programado, ao longo dessa
segunda-feira, 15, foram ativados mais leitos de UTI, e essa semana
provavelmente serão ativados mais alguns. “Mas a mensagem que tem de ficar é
que não se enfrenta a pandemia apenas com assistência ao paciente; a gente
precisa diminuir a contaminação, e neste aspecto a participação da sociedade é
fundamental”, alertou.
Ele disse
que havia dito que seriam abertos 110 novos leitos de UTI, e o que foi
planejado está sendo executado. Nos próximos dias, serão abertos mais 10 leitos
em Itumbiara, mais 9 em São Luís de Montes Belos por meio de convênio, e mais
11 leitos em Quirinópolis. E assim Goiás irá avançando, do ponto de vista de
assistência (aos pacientes de Covid). Mas ressaltou que leito de UTI não se
abre indistintamente. São necessários espaço físico, equipes, equipamentos e de
financiamento.
Conscientização
E o
secretário avisou: “Não adianta a gente abrir 7 milhões de leitos de UTI se
tivermos 7,2 milhões de contaminados. A gente precisa, de fato, frear a
contaminação”, salientou. Acrescentou que, isso é feito só com a gestão de
saúde. É preciso que a comunidade em geral entenda que o comportamento
desregrado, o não uso da máscara ou participar de festa clandestina, tudo isso
induz ao aumento da contaminação. Conforme ele, é importante essa
conscientização, para que ela reverta em atitudes mais sensatas neste momento
de pandemia.
Fonte:
ABC Digital-GO
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