Em carta
aberta, a Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de
Goiás (Ahpaceg), afirmou que a taxa de ocupação de leitos de UTI para Covid-19
chegou em 100% nesta sexta-feira. No documento ainda consta que o aumento da
oferta de vagas neste atual cenário é inviável.
Segundo a
Ahpaceg, a lotação dos leitos vem se repetindo nas últimas semanas. Antes,
assim como na primeira onda, era possível transferir pacientes entre os
hospitais associados, mas a associação infomrou que isso não é possível agora.
“O momento é crítico e não há vagas”, diz o documento. Os leitos da rede
particular estão ocupados ou bloqueados para pacientes graves já em atendimento
nos hospitais.
“Nas últimas
semanas, com a intensificação da chamada segunda onda da pandemia, temos
enfrentado um cenário assustador e queremos compartilhar com a população e com
os gestores públicos as dificuldades que nos rondam, pois entendemos e sempre
defendemos que o combate à pandemia depende de esforços de todos”, reforça a
nota.
Nesta sexta,
as unidades associadas receberam pacientes com outras enfermidades e que
necessitaram de assistência, o que não aconteceu em 2020, quando muitas pessoas
deixaram de procurar os hospitais temendo a contaminação pelo coronavírus.
Segundo a
associação, os hospitais estão sem condições financeiras para novos
investimentos. “Essa situação decorre de problemas, como o aumento dos custos
assistenciais em 2020, quando nossos gastos com medicamentos, pessoal e
Equipamentos de Proteção Individual, por exemplo, aumentaram expressivamente e
não tivemos apoio dos Governos ou contrapartida das operadoras de planos de
saúde. Estamos lotados e com nossa saúde financeira comprometida”, critica a
nota.
Sobre a
sugestão do governo em suspender cirurgias eletivas em todo o estado, tanto na
rede pública, quanto na privada, a Ahpaceg afirmou que a decisão só agrava o problema
financeiro das instituições e deixa os pacientes sem atendimento.
“A simples
abertura de novos leitos não é a saída. Precisamos de esforços conjuntos. A
população e as autoridades precisam adotar medidas sérias para evitar a
proliferação da doença. A taxa de contaminação está aumentando em uma proporção
superior à capacidade de atendimento”, finaliza a nota.
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