sábado, 27 de fevereiro de 2021

Interior recorre a Goiânia para casos graves de Covid-19; quantidade de pacientes graves internados na capital aumentaram em 94,28%


A quantidade de pacientes graves com Covid-19 do interior de Goiás internados na capital aumentou em 94,28% no mês de fevereiro comparado a janeiro de 2021. No total, foram 35 internações em unidades de terapia intensiva (UTIs) no primeiro mês do ano, contra 68 em apenas 23 dias de fevereiro.

Estes são os pacientes que solicitaram leitos à Secretaria de Saúde de Goiás (SES-GO), mas que acabaram sendo atendidos em hospitais da rede municipal. No total, a média diária de internações de pacientes que não são da capital saltou de 1,12 em janeiro para 2,95 em fevereiro. Os dados são da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS).

No início da tarde de quinta-feira (25), a SES-GO contava com 390 leitos de UTI, dos quais 356 estavam em utilização. No total, a taxa de ocupação chegou a 94,43%, com 13 leitos bloqueados e apenas 21 disponíveis. Ao mesmo tempo, três cidades que estão acolhendo os pacientes que passam pela regulação estadual, somavam 66 internações deste mesmo perfil. Em Rio Verde, no Sudoeste goiano, eram 22; em Aparecida de Goiânia, 6 e na capital, outros 38.

Comorbidades

Desde o início da pandemia, a rede municipal de Goiânia começou a receber pacientes da rede estadual que tivessem comorbidades ou casos mais complexos de Covid-19. O objetivo era trabalhar de forma conjunta, regulando casos com princípios técnicos de complexidade que só estavam disponíveis na capital. No dia 28 de janeiro, entretanto, o governador Ronaldo Caiado se reuniu com representantes do município, em meio a um aumento de demanda por leitos do Estado. Na ocasião, Caiado buscava outros municípios para ampliar o trabalho conjunto.

Dados da SMS Goiânia apontam que na quinta-feira (25), 30,4% dos leitos de UTI do município eram ocupados por infectados que passaram pela regulação da SES, o que corresponde a 38 pessoas. O POPULAR tentou falar com o secretário de Saúde de Goiânia, Durval Pedroso, mas não obteve resposta.

Na sexta-feira (26), o número de UTIs Covid-19 em Goiás disponibilizadas pela SES-GO era ainda maior que no dia anterior: 407 (veja quadro). Ainda assim, seriam insuficientes para atender os pacientes vindos do interior do Estado porque apenas 28 estavam disponíveis.

Titular da SES, Ismael Alexandrino pontua que mais de 100 leitos foram abertos nas últimas duas semanas e que todos lotaram rapidamente. No Hospital de Campanha para Enfrentamento do Coronavírus (HCamp), em Goiânia, 98 pacientes estavam internados nesta quinta-feira (26) em UTIs. Destes, 40 da capital e 58 vindos do interior. Ainda há, segundo o secretário, alguma capacidade de expansão, que ocorrerá em Ceres e Uruaçu nos próximos dias.

“Nosso quantitativo de leitos críticos na segunda onda é maior que na primeira, que, por sua vez, era mais do dobro do início da gestão. O cenário atual da pandemia é crítico no Brasil, em absolutamente todos os Estados e também em Goiás. No entanto, com o ritmo de disseminação que está ocorrendo, o aumento de leitos somente não é suficiente, urge adotar medidas restritivas para frear a disseminação. As novas cepas têm mostrado que transmitem mais rapidamente e agravam pessoas jovens e de forma rápida. A restrição precisa atingir todas as esferas: Estado, prefeituras, população. Negar a necessidade de medidas restritivas neste momento é assumir o risco de colapso e, consequentemente, óbitos potencialmente evitáveis”, diz.

Fonte: O Popular



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