A defesa do
fazendeiro Nei Castelli, apontado como mandante do assassinato dos advogados
Marcus Aprígio Chaves e Frank Alessandro Carvalhaes, protocolou um pedido de
habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF), solicitando a soltura do
investigado.
O motivo,
segundo os advogados, foi a rebelião de detentos que teve início na tarde de
sexta-feira (19).
No
documento, a defesa de Nei afirma que a rebelião, por si só, põe em risco a
vida e a integridade física de todos os detentos. No caso dele, entretanto, o
problema seria maior. Eles alegam que o suspeito tem sido vítima constante de
violações de direitos por parte das por autoridades administrativas e
judiciais.
“Uma
situação de desordem, além de todos os riscos a ela inerentes, apresenta-se
como pano de fundo ideal para alguém que pretenda atentar contra a vida do
paciente”, diz o pedido.
Os advogados
alegam também que a prisão de Nei não se justifica, pois ele possui idade
avançada, doenças crônicas, primariedade, residência fixa e profissão definida.
MPF quer
manutenção da prisão
No início de
fevereiro, o Ministério Público Federal (MPF) enviou ao STF um parecer pela
manutenção da prisão do fazendeiro. Segundo o órgão, a liberdade do fazendeiro
pode atrapalhar a instrução criminal do processo, dado o poderio econômico e
social do acusado.
O órgão
argumentou também que o réu foi preso com R$ 34 mil em espécie, na cidade de
Catalão, o que indica a possibilidade de tentativa de fuga, que pode vir a se
concretizar com a soltura do preso.
Rebelião
controlada
Apesar do
pedido da defesa, a rebelião foi oficialmente controlada, de acordo com a
Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP). O órgão informou que,
por volta das 15h30, de sexta-feira (19) a situação já estava resolvida.
A rebelião
acontece um dia após o assassinato do Vigilante Penitenciário Temporário (VPT),
Elias de Sousa Silva, e da esposa dele, Ana Paula Dutra, nas proximidades do
Complexo Prisional. No entanto, ainda não há indícios de ligação entre os dois
eventos.
Fonte:
Mais Goiás
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