Secretaria de Saúde de Goiás identifica 3ª variante de coronavírus no estado e constata transmissão comunitária
A Secretaria
Estadual de Saúde (SES) identificou a terceira variante do coronavírus durante
a segunda onda de casos em Goiás, conforme explicou o secretário da pasta,
Ismael Alexandrino, nesta quarta-feira (17). A variação foi detectada em um
morador do Entorno do Distrito Federal. O grande potencial de transmissão
dessas mutações preocupa o governo.
"Essas
três novas cepas da segunda onda têm demonstrado maior transmissibilidade e já
estão em transmissão comunitária", explica Alexandrino.
A última
variante identificada é a P1 e veio de Manaus. O resultado do exame com a
confirmação saiu na segunda-feira (15).
Duas novas
variações do vírus foram registradas na semana passada: a B.1.1.7, que surgiu
no Reino Unido e a P2, também originada em Manaus.
De acordo
com o boletim epidemiológico da SES, desta quarta-feira, o estado registrou
375.545 pessoas contaminadas e 8.133 mortes por coronavírus.
O governador
do estado, Ronaldo Caiado (DEM), externou a preocupação em postagem em uma rede
social, nesta quarta-feira.
"Minha
gente, o momento que estamos enfrentando é crítico. Temos três novas variantes
da Covid-19 circulando com uma transmissividade muito maior em Goiás. Não é
hora de afrouxar os protocolos de segurança, não podemos ficar omissos diante
da gravidade da situação em nosso estado", escreveu Caiado.
A segunda
onda da pandemia veio mais forte que a primeira, registrada no ano passado,
segundo a SES. O aumento no número de casos forçou uma maior ocupação dos
leitos de UTIs no estado, nas últimas semanas, que tem ficado em torno de 90%.
Por isso, a pasta criou um mecanismo para frear a contaminação nos municípios,
que devem adotar medidas rígidas nestes próximos meses.
Outras
variantes
A SES
identificou a variante britânica na sexta-feira (12) em dois moradores de
Luziânia e Valparaíso de Goiás, no Entorno do Distrito Federal.
Segundo a
superintendente de Vigilância em Saúde do estado, Flúvia Amorim, os infectados
são dois parentes. Ela afirmou ainda que os contaminados tiveram contato com
uma pessoa que chegou recentemente da Inglaterra.
Estudos
apontam que essa variante do Reino Unido, chamada de B.1.1.7, tem maior
capacidade de transmissão, segundo a superintendente, mas ainda não há
evidências de que ela provoque a doença de forma agravada.
"Essa
variante identificada no Entorno do DF tem importância epidemiológica por se
tratar de uma cepa mais transmissível. Mais do que nunca, agora é importante
seguir as medidas de prevenção porque, quanto mais alta a chance de
transmissão, maior é a chance de mutação, e mutações como esta", explica Amorim.
No dia 8, a
pasta tinha identificado outra variante do vírus em um morador de Ceres.
Segundo Amorim, a variante, chamada de P2, já estava presente no Brasil e não
há registro de que ela seja mais transmissível e, assim, cause aumento no
número de casos da Covid-19.
Fonte: G1
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