Com mais
estruturas, Estado vai atingir marca de 168 unidades abertas neste mês.
Ampliação da rede de saúde começa nesta semana em Quirinópolis, São Luís de
Montes Belos e Itumbiara. “O momento é grave, não é de omissão, nem de se
acovardar”, reforça governador
O governador
Ronaldo Caiado prepara a abertura de mais 50 Unidades de Terapia Intensiva
(UTI), em diferentes regiões do Estado, para garantir tratamento adequado aos
pacientes com Covid-19.
A expansão
se faz necessária devido ao aumento sustentado da taxa de ocupação hospitalar.
Entretanto, a gestão estadual defende que, para frear a disseminação do vírus e
o avanço da pandemia, somente a abertura de leitos não é suficiente.
Constantemente, o governador Ronaldo Caiado reforça a necessidade do
distanciamento social e do cumprimento dos protocolos de segurança sanitários
por parte de toda a população.
Para esta
semana, está prevista a abertura de 11 leitos de UTI em Quirinópolis, no
Sudoeste goiano; nove em São Luís de Montes Belos, na região Oeste; e 10 em Itumbiara,
no Sul do Estado. Até 1º de abril, outros 20 serão abertos no Hospital das
Clínicas Dr. Serafim Carvalho, unidade da Secretaria de Estado da Saúde de
Goiás (SES-GO), localizada em Jataí. Atualmente, a rede estadual conta com um
patamar de leitos superior à primeira onda, em unidades próprias e conveniadas.
Essas estruturas estão distribuídas em 20 hospitais, localizados em 15
diferentes municípios de todas as cinco macrorregiões de saúde goiana.
Além destas
50 novas UTIs, nos últimos dias o Governo de Goiás abriu mais 118 leitos para
pacientes críticos. Destes, 24 estão na capital, sendo dez no Centro Estadual
de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer) e 14 no Hospital de
Campanha para enfrentamento do coronavírus (HCamp) de Goiânia.
Já no
interior foram criadas 94 unidades críticas em parceria com prefeituras, além
de unidades próprias e conveniadas. Localizados em oito municípios, os leitos
recém criados estão em Itumbiara (10), Luziânia (10), Mineiros (5), Nerópolis
(26), Porangatu (5), Rio Verde (25), Senador Canedo (11) e Trindade (2).
Durante
reunião on-line realizada com autoridades políticas, na última quarta-feira
(17/02), o governador Ronaldo Caiado destacou que, em virtude do crescimento do
número de infectados, o Estado trabalha na abertura de novos leitos para
garantir assistência às pessoas que necessitarem de internação. Ele afirmou que
“o momento é grave, não é de omissão, nem de se acovardar”, e alertou para que
cada cidadão goiano faça sua parte e siga as medidas sanitárias. “É afrontoso
ver, neste momento, pessoas morrendo e outras festejando como se não houvesse
nada, como se não ampliassem a disseminação [do coronavírus]”, disse.
O secretário
de saúde Ismael Alexandrino tem enfatizado reiteradas vezes a necessidade de a
população fazer a sua parte para que se diminua a contaminação, sobretudo neste
momento em que o Brasil apresenta números crescentes e que há o surgimento de
novas cepas circulantes do vírus. "Não caiam na cilada de pensar que é só
abrir leitos. Não é só isso, são necessários equipe e equipamentos",
pontuou, ao frisar que, se os goianos não seguirem as medidas sanitárias,
somente a abertura de estruturas para tratamento da Covid-19 não irá conter a
disseminação do coronavírus no Estado.
Outras medidas
O Governo de
Goiás também emitiu uma nota técnica, na última terça-feira (16/02), com
recomendações para barrar o avanço da Covid-19 no território goiano. O
documento orienta que municípios trabalhem de maneira pactuada e articulada na
formulação de decretos e protocolos. Também aponta uma série de medidas em
função do aumento no número de casos e de óbitos confirmados, bem como no
quantitativo de solicitações de internações e na taxa de ocupação hospitalar.
Para guiar
as ações voltadas para gestão de serviços e controle de contágio, foi
considerada uma divisão de 18 regiões no Estado e criado um mapa definindo a
gravidade de cada local. Para tal, foram considerados seis indicadores,
divididos da seguinte maneira: velocidade de contágio no tempo (Rt); incidência
de casos de síndrome respiratória aguda grave e variação de mortalidade por
Covid-19, para avaliar a aceleração do contágio; e as taxas de crescimento de
solicitações de leitos de UTI; de ocupação de leitos de UTI; e de ocupação de
leitos de enfermaria, públicos e privados, dedicados para pacientes com
Covid-19, para avaliar a sobrecarga do sistema de saúde.
De acordo
com o documento divulgado pela SES-GO, as regiões estão divididas em três
situações: alerta (amarelo), crítica (laranja) ou calamidade (vermelho). A
partir da classificação de cada localidade, é possível que as prefeituras
implementem medidas de combate e controle do coronavírus, com procedimentos
padronizados.
Ismael
Alexandrino ressaltou que os gestores municipais devem dar a devida atenção ao
mapa para adotar as providências recomendadas. “Não se esquivem de tomar
decisão, não banalizem a vida com algum receio político ou de entidade de
classe”, ponderou. “Qualquer cidadão que banalizar a vida, a história jamais o
absolverá”.
Secretaria
de Estado da Saúde - Governo de Goiás
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