Com a
maioria dos votos dos 36 deputados estaduais presentes, a Assembleia
Legislativa aprovou nesta quinta-feira, dia 07, em segunda e última votação, o
projeto de lei que autoriza a venda de até 49% das ações da Saneago.
Os
parlamentares da base do governo argumentaram que a abertura de capital trará
novos investimentos para a estatal e que mesmo com a comercialização de parte
das ações, o Estado continuará no controle da empresa. Aprovado, agora, o
projeto segue para sanção do governador Ronaldo Caiado.
Um dos
parlamentares que subiu à tribuna para defender a Oferta Pública Inicial de Ações
[IPO] da Saneago foi o deputado Major Araújo. Ele manifestou apoio à medida e
ressaltou que outras grandes empresas de saneamento tiveram crescimento com
esse mesmo ato. “Li a matéria e entendo as razões do Estado em vender as ações.
O sonho de toda Companhia é entrar para o mercado de ações”, sublinhou.
Lembrando do déficit do Estado e explicando a falta de recursos para
investimento, Major Araújo argumentou que o Governo de Goiás está certo em
buscar fontes alternativas para sanar seus problemas.
Vários
deputados subiram à tribuna para defender o projeto, entre eles, Álvaro
Guimarães, Henrique César, Wagner Neto e Humberto Teófilo. Amauri Ribeiro
lembrou que 88% da receita estadual é consumida pela folha de pagamento, o que
inviabiliza a capacidade de investimento do Estado. “Não sobra dinheiro para
quase nada. Não dá para o Estado crescer e oferecer benefícios à população,
principalmente, para quem está lá na zona rural”, assinalou.
Sem privatização
O governador
Ronaldo Caiado já reforçou que não haverá privatização da Companhia. “A Saneago
continuará tendo o comando, com a preservação de 51% de suas ações. Buscamos
dar musculatura à Companhia para não ceder espaço a outras empresas privadas
que querem apenas [atuar] nas grandes cidades, deixando de lado mais de 100
municípios goianos que ficariam sem atendimento e água de qualidade”,
ressaltou.
Nessa mesma
linha, o presidente da Saneago, Ricardo Soavinski, tem explicado que a
autorização de venda das ações já estava prevista desde a criação da empresa e
que o projeto de lei enviado para a Assembleia apenas moderniza a negociação
para os dias atuais. “Não é uma nova lei, não está se autorizando. Isso já está
autorizado há mais de 50 anos, quando foi criada a empresa. Está na lei de
criação da empresa essa possibilidade”, concluiu.
Secretaria
de Comunicação - Governo de Goiás
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