quinta-feira, 15 de outubro de 2020

Deputado estadual Paulo Trabalho deixa a base do governador Ronaldo Caiado


O deputado estadual Paulo Trabalho (PSL) deixou a base do governador Ronaldo Caiado na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego). O parlamentar disse que divergências ideológicas foram uns dos motivos para o afastamento. O estopim se deu com a exoneração do governo de pessoas indicadas por ele.

“Eu já vinha tendo uma posição de independência e cobrança sobre a situação das estradas, da saúde e do rompimento com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Então coloquei à disposição do governador qualquer indicação minha no Estado e, portanto, ele entendeu que deveria exonerar”, disse.

Paulo acrescentou que, com isso, não faz parte mais da base e, na Assembleia, vai apoiar aqueles projetos que considerar bons para Goiás e se posicionar contra aqueles que discordar. “Quando fiz as indicações ao governo entendi que o espaço seria para ajudá-lo na gestão, mas não posso me sentir amordaçado por isso”, pontuou.

O deputado disse que sempre teve admiração por Caiado, por ser de família de produtores rurais, mas que foi se decepcionando com o político. “Ele já rompeu comigo e com a direita do Estado no início da pandemia, quando convocou a imprensa para falar mal do presidente e citou o ex-presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que nós consideramos ser um socialista.”

Paulo também afirmou que o governador teria tido posturas “comunistas” ao discordar do presidente no início da pandemia da Covid-19. “Ele teve um discurso comunista quando colocou empregados contra patrões. O lockdown inicialmente foi correto, mas depois durou mais que o necessário. Ele pisou na cabeça de Bolsonaro porque achou que ele estava enfraquecido, mas depois percebeu que apostou errado e tenta se redimir, mas a direita do Estado ele não engana”, disse.

EXONERAÇÕES

Um dos indicados por Paulo que foi exonerado pelo governador é Domiciano Alves da Cruz Neto, agora ex-diretor de Pesquisa Agropecuária, da Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater).

Também foram exoneradas, de acordo com a publicação desta quarta-feira (14) do Diário Oficial do Estado, Bruna Carolina Krauspenhar Parreira, que estava lotada como assessora especial na Secretaria de Estado de Administração, e José Silva Amaral Júnior, que estava como assessor na mesma pasta. Os três se disseram surpresos com a decisão.

Com a saída de Paulo da base do governador, Caiado passa a ter 26 deputados no grupo, número apertado já que para a aprovação de uma PEC, por exemplo, é preciso o mínimo de 25 votos favoráveis. O governo do Estado disse que não irá se pronunciar a respeito.

Fonte: O Popular

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