O final de
semana foi marcado por novas manifestações em Cristalina, município localizado
a 280 km de Goiânia, cobrando justiça pela morte de três funcionários de uma
propriedade rural.
O caso
aconteceu na noite da última quarta-feira (25) e policiais militares da
patrulha rural atiraram 43 vezes contra os homens que não resistiram. Aleff
Nunes Souto, de 22 anos, Francisco da Silva Chaves, de 41, e Nelson da Silva
Cardoso, de 38 teriam saído da sede da fazenda para caçar javalis e não
retornaram mais. Segundo a PM, houve confronto.
No sábado
(28), amigos e familiares voltaram a se reunir com carreata pelas ruas da
cidade e também pararam em frente ao Centro Integrado de Operações de Segurança
(Ciops) cobrando investigação por parte da Polícia Civil. “Queremos justiça.
Três trabalhadores, pessoas decentes. Vamos fazer uma oração em homenagem a
esses três cidadãos que perderam as vidas nas mãos destes ordinários”, afirmou
Flávia Cristina Lopes Machado - que era vizinha de Aleff e amiga de seus avós -
em um vídeo compartilhado nas redes sociais.
“Cristalina
não tem raiva de PM, só queremos justiça. Sabemos que existem policiais
honrados que cumprem a sua função corretamente. Cristalina quer justiça para
aqueles que não cumprem o seu papel, que não honram a sua farda, que se acham
justiceiros e que querem enganar uma população inteira. Não vamos parar.
Caçadores de outras cidades estão fretando um ônibus para novas manifestações.
Não vamos parar, foram três vidas inocentes. Os policiais têm que pagar pelo
erro deles”, diz uma das participantes em outro vídeo.
Na
sexta-feira (27) já haviam sido realizados dois protestos em Cristalina pedindo
justiça para a morte dos três trabalhadores. O primeiro protesto foi no início
da tarde e foi no formato de carreata. Já o segundo foi na praça da prefeitura
e os manifestantes levaram uma faixa e balões pretos e brancos. Também houve
carreata e buzinaço em apoio.
No próximo
sábado, 5 de dezembro, um novo encontro está agendado e o objetivo é reunir não
apenas amigos e familiares mas também grupos de caçadores profissionais.
Integrantes da associação Cacs do Planalto, do Distrito Federal (DF) gravaram
um vídeo em solidariedade às famílias e se dispuseram a prestar qualquer apoio
jurídico que eles possam precisar. “Não estamos aqui pra julgar ninguém, mas
estamos à disposição das famílias e queremos que a justiça seja feita”, pontuou
um dos participantes.
Fonte: O Popular
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