Reconstituição da morte de advogados em Goiânia dura mais de 7 horas e tem relato ‘frio’ do atirador
Depois de
mais de 7 horas, as polícias Civil e Técnico-Científica finalizaram o trabalho
de reconstituição do assassinato dos advogados Marcus Aprígio Chaves, de 41
anos, e Frank Alessandro Carvalhaes de Assis, de 47. Ambos foram assassinados
no escritório onde trabalhavam, em Goiânia. O intuito é ampliar o leque de
provas e registrar, em fotos e vídeos, a dinâmica do crime.
O suspeito
de efetuar os disparos contra as vítimas, Pedro Henrique Martins, participou da
simulação. O delegado Rhaniel Almeida, responsável pelo caso, chamou atenção
para a forma "fria" de como ele lida com os homicídios.
"Pessoa
absolutamente fria, não altera em nenhum momento o comportamento, o
temperamento. Fala da morte dos dois advogados de maneira muito tranquila.
Sempre confessa toda a participação dele no crime", afirma.
Cinco
pessoas são suspeitas de elo com o crime (veja detalhes abaixo). Quatro estão
presas e uma morreu. A defesa de Nei Castlelli, apontando pela investigação
como mandante do crime, informou em nota que, "neste momento da apuração,
o seu constituinte exercerá seu direito ao silêncio".
A reportagem
não conseguiu contato com os advogados dos outros suspeitos.
Detalhes
do crime
Assim que
chegou ao local do crime, Pedro Henrique foi levado direto à sede do
escritório. Após meia hora, saiu acompanhado de vários policiais e foi até a
esquina onde a moto usada na fuga foi deixada.
A polícia
constatou que ele e um comparsa estudaram a rotina das vítimas e chegaram a
almoçar por duas vezes em um restaurante que fica em frente ao escritório. Essa
situação, segundo a polícia, ajuda a combater a tese de um latrocínio - roubo
com resultado morte, alegada por Pedro Henrique quando foi detido.
O delegado
Rilmo Braga apontou a importância da reprodução simulada, principalmente no que
diz respeito ao conjunto de provas e a forma como o crime aconteceu. Tudo isso
é essencial, segundo ele, em um possível julgamento do caso na Justiça.
"Tratando-se
de um crime doloso contra a vida, o julgamento se dará por parte de pessoas da
sociedade. Os julgadores não são juízes, não são magistrados, são cidadãos. Um
cidadão se sente muito mais convencido assistindo fotografias e vídeos do que
através de depoimento formalizado no papel. Por isso que essa diligência de
reprodução simulada foi deliberada", destaca.
Fonte: G1
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