Morte de advogados em Goiânia custaria R$ 500 mil, aponta Polícia Civil. Motivação do crime foi disputa judicial por terras em São Domingos-GO
Os
assassinatos a tiros dos advogados Marcus Aprígio Chaves, de 41 anos, e Frank
Alessandro Carvalhaes de Assis, de 47, foram encomendados por R$ 100 mil, caso
os executores ficassem impunes, e R$ 500 mil caso fossem presos. É o que aponta
investigação da Delegacia Estadual de Homicídios (DIH) da Polícia Civil de
Goiás.
Um
fazendeiro suspeito de ser o mandante do crime foi preso por volta das 17 horas
desta terça-feira (17), em Catalão. A prisão contou com a participação de
policiais civis de Anápolis e da capital. Antes, no dia 9 de novembro, um homem
e uma mulher foram presos em Porto Nacional e Palmas, no Tocantins, suspeitos
de terem sido os intermediários com os matadores.
De acordo
com a Polícia Civil, o casal confessou a participação no crime com detalhes. Um
deles teria dado carona para os dois pistoleiros até Goiânia, onde cometeram os
assassinatos. Esse intermediário também teria dado dinheiro para que eles se
mantivessem na capital até o dia do crime. A dupla também apontou o fazendeiro,
agora preso, como o mandante.
Responsável
pela execução e por dar os tiros que mataram os advogados na tarde do dia 28 de
outubro, no Setor Aeroporto, Pedro Henrique Martins Soares, de 25 anos, foi
preso pela Polícia Civil em Porto Nacional (TO) no dia 30 de outubro. Na noite
do mesmo dia, Jaberson Gomes, suspeito de participar do momento do assassinato,
foi morto ao ter reagido a uma abordagem da Polícia Militar do Tocantins.
Segundo as
investigações, familiares do suposto mandante estariam com processos na Justiça
envolvendo disputa por terras na divisa entre Goiás e Bahia, na região de São
Domingos, Nordeste de Goiás. Frank e Marcus advogaram para a parte que ganhou o
processo contra a família do fazendeiro que teria ordenado os assassinatos.
Ainda
segundo as investigações, antes de morrer, as vítimas chegaram a manter
conversas por mensagens em que diziam ter receio de morrer a mando do mandante
preso. Mais detalhes do caso serão dados em entrevista coletiva na manhã desta
quarta-feira (18).
Fonte: O Popular
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