O fazendeiro
Nei Castelli, de 58 anos, preso suspeito de mandar matar dois advogados em
Goiânia, foi interrogado pela Polícia Civil na manhã desta quinta-feira (19),
na Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH), em Goiânia.
Ele
permaneceu em silêncio e não respondeu nenhuma das perguntas do delegado
responsável pela investigação, Rhaniel Almeida. A defesa do fazendeiro só deve
se posicionar após ter acesso ao inquérito de forma integral.
Marcus
Aprigio Chaves, de 41 anos, e Frank Alessandro Carvalhaes de Assis, de 47,
foram executados com tiros na nuca por dois homens que se passaram por
clientes, em um escritório no Setor Aeroporto, na tarde do dia 28 de outubro.
Marcus era filho do desembargador Leobino Valente Chaves e Frank era filho do
delegado aposentado Francisco de Assis.
Nei
compareceu ao interrogatório com três advogados. Um deles, Carlos Fauze,
explicou para a reportagem que só teve acesso a uma parte do inquérito. A
previsão é que o inquérito seja enviado para o Ministério Público na próxima
semana.
“Na medida
em que existem diligências que ainda não são de conhecimento da defesa, a nossa
orientação foi de que ele permanecesse em silêncio neste momento. Uma vez que
tenhamos todos os elementos da apuração, o posicionamento poderá ser alterado”,
explica Fauze.
O agricultor
foi preso pela Polícia Civil na tarde da última terça-feira (17) em Catalão,
região Sul de Goiás, na rodovia BR-352. Ele estava junto da esposa em uma
Toyota SW4 branca a caminho de Mamborê, no Paraná, onde possui terras. Dentro
do veículo havia R$ 34 mil em espécie. Nei mora em Correntina, na Bahia, mas é
natural do Paraná.
De acordo
com as investigações, a motivação dos assassinatos dos advogados seria a
disputa por uma fazenda na região de São Domingos, Nordeste do Estado. No final
do ano passado, Nei perdeu na Justiça uma propriedade para um outro fazendeiro,
que dizia ser o real dono das terras e era representado pelas vítimas Frank e
Marcus.
Fonte: O Popular
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