Segunda onda de covid-19 em Goiás pode vir em janeiro. Vigilância em Saúde diz que aumento de casos possa ocorrer no Nordeste Goiano
Um possível
novo aumento de casos de covid-19 pode acontecer em Goiás durante o mês
janeiro, o que pode significar a chegada da chamada segunda onda da doença no
estado. Em entrevista à Rádio Sagres na manhã de sexta-feira (27), a
superintendente de vigilância em Saúde, Flúvia Amorim, apontou que as festas de
fim de ano podem ampliar as contaminações.
Estudo da
FioCruz e levantamento da Universidade Federal de Goiás (UFG) indicam que esse
aumento de registros tem boa probabilidade de ocorrer já no primeiro mês de
2021. Mas a superintendente alerta que depende do comportamento das pessoas.
Sobretudo dos jovens.
Flúvia
Amorim diz que é possível que o aumento de casos siga o fluxo registrado
anteriormente pela doença, ou seja, da Europa para estados do Sudeste e, por
último, Centro-Oeste. “Na Europa o aumento no número de casos ocorreu devido
principalmente ao comportamento dos jovens. Em Goiás temos registros de festas
e aglomerações sem nenhum tipo de proteção”, aponta.
A
superintendente de vigilância em Saúde ainda avalia que é possível que o
registro de aumento de casos possa ocorrer sobretudo no Nordeste goiano, onde a
taxa foi sempre mais baixa no estado.
Registros
Por
enquanto, segundo a superintendente, ainda não há aumento. Embora o sistema da
Secretaria de Estado de Saúde indique alta nos números isso se deve à
instabilidade nos servidores nacionais desde o dia 6 de novembro. O que
dificulta o registro por parte dos municípios. Assim, quando o sistema retorna
ao funcionamento, há um pico de registros.
No entanto,
Flúvia Amorim aponta que é preciso observar os indicadores de óbitos por data
de ocorrência, não de registro. “Quando vê a curva de óbito por dia de
registro, dá para ver claramente essa oscilação [causada pela queda no
sistema]. Há falsa impressão de aumento de óbitos. Mas o fato de não estar
acontecendo aumento não quer dizer que não vá acontecer. Estudo da FioCruz
aponta que Goiás pode ter aumento em 6 semanas”, alerta.
Além do
número de casos e óbitos, a taxa de ocupação de leito é outro indicador de
aumento na contaminação por covid-19 em Goiás. Neste sentido, a ocupação está
baixa, varia entre 35% e 40%, o que é considerado razoável pela Secretaria de
Estado da Saúde. Goiás já chegou a ter 95% de leitos ocupados.
Fonte: Mais
Goiás
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