sexta-feira, 27 de novembro de 2020

Homem que tinha dito à polícia que a noiva se matou é indiciado por matá-la com um tiro na cabeça, em Formosa-GO


A Polícia Civil concluiu o inquérito relacionado à morte da professora Larissa Quintino de Souza, de 30 anos, que foi baleada na cabeça, em Formosa, no Entorno do Distrito Federal. O noivo dela, Hozannah Fonseca de Deus Filho, de 41, havia dito em depoimento que a vítima tinha se matado, mas a investigação constatou que ele matou a noiva e forjou o local do crime. O homem foi indiciado pelo feminicídio.

A reportagem não conseguiu localizar a defesa de Hozannah, que está preso, até a última atualização desta reportagem.

O crime aconteceu no último dia 2 de novembro. Segundo a polícia, Larissa foi baleada e morreu dentro de casa. A mãe da vítima, Maria Helena Quintino, disse, na ocasião, que o homem já tinha tentado matar a noiva antes.

O delegado Danilo Meneses, responsável pelo caso, fechou a investigação na quarta-feira (25). Ele disse que, a priori, o casal teve uma discussão no dia do assassinato, por motivo desconhecido. Relatou ainda que o relacionamento era permeado de ciúmes e até agressão por parte do noivo.

"Eles tinham passado a noite bebendo sem dormir e, provavelmente, houve uma discussão entre o casal. Pelo que a perícia apontou no local - copos quebrados, vasilhas no chão. Ele tinha sempre crises de ciúmes e já tinha agredido ela várias vezes", afirma.

Cena do crime alterada

Hozannah foi detido em flagrante, mas afirmou que a professora havia se matado. A polícia, então, passou a atuar no sentido de verificar se a versão procedia ou não.

Durante o trabalho de perícia, foi constatado que "partes da cena foram montadas com o fim de simular" o suicídio. O delegado disse que não houve necessidade de ouvir o suspeito novamente após a perícia, o que deve ocorrer ao longo da instrução processual.

Ele está preso em Formosa. Em caso de condenação, o noivo pode pegar uma pena de até 30 anos de prisão.

Fonte: G1

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