O Superior
Tribunal de Justiça (STJ) negou o pedido de habeas corpus do fazendeiro Nei
Castelli, suspeito de mandar matar os advogados Marcus Aprígio e Frank
Carvalhaes dentro de um escritório, em Goiânia. A decisão foi proferida pelo
ministro Humberto Martins, na última semana.
Esta foi a
segunda vez que a Justiça negou a soltura de Castelli. No dia 20 de novembro, o
Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) negou o pedido feito pela defesa do
fazendeiro. Na ocasião, o desembargador Nicomedes Borges, da 1ª Câmara
Criminal, argumentou que as alegações da defesa do suspeito devem ser avaliadas
por um colegiado de desembargadores.
No entanto,
em avaliação provisória e superficial, argumentou que a prisão preventiva
atende critérios de legalidade e determinou que o suspeito permanecesse detido.
Após a
primeira negativa, a defesa de Nei Castelli recorreu ao STJ. No entendimento do
ministro Humberto Martins, porém, o habeas corpus não pode ser apreciado pelo
órgão, já que não foi examinado pelo Tribunal de origem, no caso o TJ-GO, que
ainda não julgou o mérito do writ originário. O ministro também argumentou que
não existe ilegalidade na prisão.
A reportagem
entrou em contato com a defesa de Castelli e aguarda um posicionamento.
Relembre
O crime
ocorreu no dia 28 de outubro, no escritório dos advogados localizado no Setor
Aeroporto, em Goiânia. De acordo com as investigações, Nei Castelli teria
contratado dois pistoleiros por R$ 100 mil para cometerem os homicídios. O
homem também ofereceu até R$ 500 mil para os suspeitos não contarem sobre a
participação dele no crime.
As
investigações apontam que o crime foi cometido porque os advogados conquistaram
em novembro do ano passado, na justiça, ação de reintegração de posse de uma
propriedade rural em São Domingos, no Nordeste Goiano, atualmente ocupada por
familiares do fazendeiro. Propriedade está avaliada em quase R$ 50 milhões.
Nei Castelli
foi o último suspeito de envolvimento no crime a ser detido. Outras três
pessoas já haviam sido presas por participação no duplo homicídio. Um quarto
suspeito morreu em confronto com a Polícia Militar (PM) do Tocantins.
Fonte: Mais Goiás
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