sábado, 1 de abril de 2017

Chapada dos Veadeiros é área prioritária, diz estudo



A pesquisa “Momento da verdade para o hotspot Cerrado” traz um mapa que projeta o aumento da produtividade aliada à preservação. Em território goiano, a maior mancha de área de restauração aparece na região da Chapada dos Veadeiros, no Nordeste do Estado.

Também há pontos menores no Norte e Oeste goianos e no Entorno do Distrito Federal.

“São áreas que concentram quantidade importante de biodiversidade, levando em consideração a distribuição das espécies”, diz Bernardo Strassburg, diretor executivo do Instituto Internacional para Sustentabilidade (IIS) e coordenador do estudo.

Entre os especialistas que participaram da pesquisa está o diretor do Laboratório de Biogeografia da Conservação da Universidade Federal de Goiás (UFG) e coordenador científico do Centro Nacional de Conservação da Flora (CNC-Flora), Rafael Loyola.

Para o especialista, a mensagem mais importante está na possibilidade de melhora do cenário. “A gente não precisa reinventar a roda. Tudo que precisa ser feito já existe. É um mix de políticas públicas que precisam ser bem articuladas.”

Além da necessidade de articulação das políticas públicas, Loyola afirma que a iniciativa privada tem uma função reguladora. Ele destaca a moratória da soja, acordo pelo qual o mercado não compra o grão de agricultores que tenham produzido a partir de um desmatamento ilegal. Também diz que a sociedade tem o papel de cobrar esse tipo de ação.

Em Goiás, onde a maior parte do bioma já está desmatado, Loyola diz que o novo Código Florestal prevê a obrigatoriedade de restauração para os produtores que desmataram mais do que devia.

“Se as Áreas de Preservação Permanente (APPs) forem mantidas e fiscalizadas, as reservas legais desmatadas além do permitido forem recuperadas e o desmatamento irregular evitado, terá um impacto gigante. Não é preciso criar novas leis. É preciso implementar e cobrar o que já existe.” Os pesquisadores destacam que o Cerrado já perdeu 88 milhões de hectares, o equivalente a 46% da cobertura nativa. Se o desmatamento não for freado, até 2050 perderá até 34% do restante.

O problema está na baixa proteção (menos de 10% do bioma é protegido por unidades de conservação) aliada ao avanço do agronegócio.

A destruição acelerada da cobertura vegetal gera diversos problemas ambientais, como a perda de habitat de animais. Uma consequência que já pode ser sentida é crise hídrica que a Região Centro-Oeste vive atualmente, com destaque para o DF.

Há ainda a emissão de gases de efeito estufa, que colabora para o aumento da temperatura na Terra.

Fonte: O Popular

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