Comoção e
incredulidade de amigos e parentes marcaram o velório e enterro da enfermeira
Edna da Silva Flor, 57 anos, e da filha dela, Kênia Flor, 33, grávida de 7
meses de uma menina. Mãe, filha e a neném morreram em um acidente de trânsito
na manhã do último sábado (11), que deixou cinco mortos. Cerca de 150 pessoas
compareceram à cerimônia fúnebre.
O carro da
família e um outro veículo de passeio bateram de frente na BR-020, perto do
trevo de Flores de Goiás. Os únicos sobreviventes da tragédia são Francisco
Pereira Flor, 61, marido de Edna, e Pedro, 2, neto do casal e filho de Kênia.
As outras
três vítimas do acidente seguiam em um Colbat, com placa de Brasília. Até o
fechamento desta edição, no entanto, os nomes deles não haviam sido divulgados.
A única informação disponível revela que são dois homens e uma mulher.
Enquanto
Edna e Kênia eram sepultadas, Pedro entrava na sala de cirurgia. Ele teve
fratura no pé e na clavícula. José, também será operado. A equipe de resgate
informou que ele sofreu múltiplas fraturas nos membros inferiores.
Sorriso
fácil
Edna Flor
era servidora da saúde há 25 anos e, atualmente, estava lotada como supervisora
da maternidade do Hospital Regional de Taguatinga (HRT). Colegas de trabalho da
enfermeira a definem como uma líder excepcional. “Ela era a primeira a chegar
no plantão e a última a ir embora, sempre com um sorriso no rosto”, lamentou a
enfermeira Helen Wanessa Soares.
Para Alice
Lins, a servidora abraçava a bandeira da luta contra o câncer de mama,
especialmente no mês de conscientização da doença, o Outubro Rosa. “A Edna se
dedicava à causa. Era de lei, a ala ficava toda rosa e ela se virava para
arrecadar kits de higiene para as pacientes, além de dias de mutirão”, afirmou.
A Secretaria
de Saúde do DF divulgou nota de pesar em que descreve Edna como uma mulher “de
sorriso fácil e acolhedor”. “Amiga, sincera, simpática, tinha um excelente desempenho
profissional”, diz o texto. O Sindicato dos Enfermeiros (SindEnfermeiro-DF)
também a homenageou. “Enaltecemos Edna pela figura humana e também pela
dedicação à enfermagem.”
Fonte:
Correio Braziliense
Comentários
Postar um comentário