A Rússia
pretende aprovar uma vacina contra o novo coronavírus até 10 de agosto e com
isso se tornar o primeiro país do mundo na corrida pela imunização da covid-19.
De acordo com a CNN internacional, a substância está sendo desenvolvida pelo
Instituto Gamaleya, baseado em Moscou, mas tem levantado preocupações sobre sua
eficácia, segurança e processos de desenvolvimento.
Agentes
federais russos ouvidos pela CNN afirmam que o objetivo é disponibilizar a
imunização para o público em até duas semanas, com profissionais da saúde na
linha de frente sendo os primeiros a receberem a vacina.
De acordo
com a publicação, o país não divulgou nenhuma informação científica sobre a
pesquisa, cuja eficácia ou segurança ainda não foram comprovadas. Críticos a
aceleração no processo de aprovação da vacina alegam que há uma pressão do
kremlin para que a Rússia seja retratada como uma força científica global.
Outra
preocupação é de que os testes em humanos ainda estariam incompletos e a vacina
não teria passado da segunda fase do processo (veja mais abaixo). A ideia seria
começar a terceira fase de testagens em 3 de agosto, paralelamente à vacinação
em profissionais de saúde.
Cientistas
russos, entretanto, afirmam que a vacina está sendo desenvolvida de forma
rápida por ser adaptada de uma versão já existente e usada contra outras
doenças. O processo é similar ao que o laboratório Moderna tem desenvolvido com
o apoio do governo norte-americano, cujos testes chegaram à fase 3 ainda nesta
semana.
Ainda nesta
segunda-feira, 27, o instituto estatal russo de virologia Vector iniciou testes
clínicos - feito em humanos - de uma segunda candidata a vacina contra a
covid-19. Segundo a agência de notícias RIA, cinco voluntários receberam o
imunizante nessa fase.
Fase
exploratória ou laboratorial: Fase inicial ainda restrita aos laboratórios.
Momento em que são avaliadas dezenas e até centenas de moléculas para se
definir a melhor composição da vacina.
Fase
pré-clínica ou não clínica: Após a definição dos melhores componentes para a
vacina, são realizados testes em animais para comprovação dos dados obtidos em
experimentações in vitro.
Fase
clínica: É a testagem do produto em seres humanos. Esta fase do processo se
divide em três:
Fase 1 - a
primeira etapa tem por objetivo principal testar a segurança do produto. São
testados poucos voluntários, de 20 a 80, geralmente adultos saudáveis.
Fase 2 - a
segunda etapa da testagem em seres humanos analisa mais detalhadamente a
segurança do novo produto e também sua eficácia. Em geral, é usado um grupo um
pouco maior, que pode chegar a centenas de pessoas.
Fase 3 - na
última etapa o objetivo é testar a segurança e eficácia do produto
especificamente no público-alvo a que se destina. Nesta etapa, o número de
participantes pode chegar a milhares. Mesmo depois da aprovação, nova vacina
continua sendo monitorada, em busca de eventuais reações adversas.
Fonte: Terra
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