sexta-feira, 31 de julho de 2020

Mulher é presa em Posse-GO suspeita de atuar como "laranja" no esquema de compra e venda de carros pela internet

Momento em que uma das suspeitas chega detida na delegacia, em Goiânia

Duas mulheres foram presas suspeitas de atuarem como "laranjas" no esquema de compra e venda de carros pela internet. Uma mulher foi presa em Posse, no nordeste goiano e a outra em Goiânia, na quinta-feira (30).

Em um dos casos, um homem pagou R$ 67 mil por um veículo, mas o suposto vendedor fugiu com o dinheiro. Segundo a Polícia Civil, o golpe é conhecido como "falso intermediário". O caso é investigado pela Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic).

Como os nomes das suspeitas não foram divulgados, a reportagem não conseguiu contato com a defesa.

De acordo com o delegado Cássio Arantes, em depoimento, uma das presas confessou o recebimento de dinheiro na conta dela, porém negou que tivesse conhecimento da origem ilícita dos valores.

A outra suspeita será submetida a interrogatório no prazo da prisão temporária, inicialmente de cinco dias. Segundo Arantes, outros dois suspeitos foram identificados, mas estão foragidos.

Golpe do falso intermediário

Segundo o delegado, essa modalidade de golpe é aplicada durante uma negociação de veículos por meio de aplicativos e sites de vendas. Na prática, um intermediário convence tanto o vendedor do carro, quanto o comprador, a não se comunicarem diretamente para, ao final da suposta negociação, induzir que o valor da venda seja depositado em uma conta bancária indicada por ele.

Arantes explica que o dinheiro da negociação costuma ser depositado em contas de laranjas e, em seguida, o golpista some. Assim, além do comprador, o vendedor do veículo também se torna vítima. O dinheiro, depositado em contas de laranjas, é pulverizado para impedir o rastreamento.

“O golpista entrava em contato primeiro com o vendedor, como se fosse comprador. Pedia fotos e informações do veículo e usava para anunciar com valor abaixo do mercado. Ele [golpista] se apresentava como intermediário, usava uma história para o vendedor de que estava comprando esse carro para pagar uma dívida para alguém. Já para o comprador, ele dizia que devia dinheiro para o vendedor e por isso estava vendendo o carro. No final, a vítima acreditava e depositava o dinheiro”, explica o delegado.

A Deic continua com as investigações e acredita que existam mais vítimas desse golpe.



Fonte: G1

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