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Momento em que uma das suspeitas chega detida na delegacia, em Goiânia |
Duas
mulheres foram presas suspeitas de atuarem como "laranjas" no esquema
de compra e venda de carros pela internet. Uma mulher foi presa em Posse, no
nordeste goiano e a outra em Goiânia, na quinta-feira (30).
Em um dos
casos, um homem pagou R$ 67 mil por um veículo, mas o suposto vendedor fugiu
com o dinheiro. Segundo a Polícia Civil, o golpe é conhecido como "falso
intermediário". O caso é investigado pela Delegacia Estadual de
Investigações Criminais (Deic).
Como os
nomes das suspeitas não foram divulgados, a reportagem não conseguiu contato
com a defesa.
De acordo
com o delegado Cássio Arantes, em depoimento, uma das presas confessou o
recebimento de dinheiro na conta dela, porém negou que tivesse conhecimento da
origem ilícita dos valores.
A outra
suspeita será submetida a interrogatório no prazo da prisão temporária,
inicialmente de cinco dias. Segundo Arantes, outros dois suspeitos foram
identificados, mas estão foragidos.
Golpe do
falso intermediário
Segundo o
delegado, essa modalidade de golpe é aplicada durante uma negociação de
veículos por meio de aplicativos e sites de vendas. Na prática, um
intermediário convence tanto o vendedor do carro, quanto o comprador, a não se
comunicarem diretamente para, ao final da suposta negociação, induzir que o
valor da venda seja depositado em uma conta bancária indicada por ele.
Arantes
explica que o dinheiro da negociação costuma ser depositado em contas de
laranjas e, em seguida, o golpista some. Assim, além do comprador, o vendedor
do veículo também se torna vítima. O dinheiro, depositado em contas de
laranjas, é pulverizado para impedir o rastreamento.
“O golpista
entrava em contato primeiro com o vendedor, como se fosse comprador. Pedia
fotos e informações do veículo e usava para anunciar com valor abaixo do
mercado. Ele [golpista] se apresentava como intermediário, usava uma história
para o vendedor de que estava comprando esse carro para pagar uma dívida para
alguém. Já para o comprador, ele dizia que devia dinheiro para o vendedor e por
isso estava vendendo o carro. No final, a vítima acreditava e depositava o
dinheiro”, explica o delegado.
A Deic
continua com as investigações e acredita que existam mais vítimas desse golpe.
Fonte: G1
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