PM afasta coronel suspeito de improbidade administrativa e de ameaçar pessoas em áudio, em Formosa-GO
O
Comando-Geral da Polícia Militar afastou o coronel Luiz Antônio Raíza, suspeito
de usar a estrutura da polícia em benefício próprio. Ele estava no comando da
regional de Formosa, no Entorno do Distrito Federal. Em um áudio atribuído ao
policial, ele faz ameaças e diz que vai “pegar um por um dos que fizeram
isso".
O coronel
informou, por telefone, que estava em viagem e não tinha sido notificado sobre
a decisão do comando até quinta-feira (16). A reportagem não conseguiu novo
contato com o policial, até a última atualização dessa reportagem, nesta
sexta-feira (17), para saber se ele já foi informado sobre a medida.
O policial é
investigado na Operação Arca de Noé, do Ministério Público de Goiás. De acordo
com a apuração do órgão, “valendo-se de sua condição”, ele solicitou carros da
corporação e policiais para escoltar uma carga de 3 toneladas de farelo de soja
e aveia para a sua fazenda.
Além disso,
também é apurada a ligação dele com um contraventor suspeito de comandar o jogo
do bicho na região. O homem, que foi preso em flagrante durante a ação, teria
"negócios" com o coronel e o ajudado no transporte da carga.
Em um áudio
apresentado pelo Ministério Público à Justiça, o coronel diz que não tem
ligação com contraventor e que não cometeu qualquer irregularidade. Ele ainda
faz ameaças, sem especificar a quem se referia.
“Formosa não
tem coronel bandido, tem caçador de bandido. Eu vou pegar um por um dos que
fizeram isso. Podem comemorar agora. Eu dei uma mexida com alguns bandidos,
esses sim. Bandido age é assim, na surdina, na escuridão, por trás”, disse.
Diante das
suspeitas, a Justiça pediu que a PM tomasse as providências cabíveis e que
cabia ao comando avaliar a permanência do coronel no comando de Formosa. O
objetivo é para que testemunhas não sejam intimidadas.
Em nota, a
PM afirmou que o afastamento do coronel é para “garantir uma apuração isenta e
transparente”.
“Com o
afastamento do coronel do cargo, o Ministério Público terá mais tranquilidade
para ouvir as demais testemunhas que ainda restam, tanto policiais militares
quanto civis, e analisar a documentação reunida a partir da quebra de sigilo
autorizadas judicialmente”, disse o promotor Douglas Chegury.
Fonte: G1
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