Perderam a
luta para o vírus o pároco local, padre Marcelo Victor Mendonça Filho, de 48
anos, e a enfermeira Adenilce Cesáreo Torres, de 42. A morte de ambos comoveu
os moradores do município de cerca de 10 mil habitantes localizado ao norte da
Chapada dos Veadeiros.
Padre
Marcelo, pároco da matriz local, Igreja Senhora Sant’anna, chegou à cidade em
janeiro de 2019. Desde o dia 27 de agosto ele estava internado no Hospital
Alvorada de Brasília depois de manifestar sintomas da Covid-19. Já Adenilce,
que é descendente da comunidade quilombola Kalunga, também ficou internada
vários dias no Hospital de Campanha de Águas Lindas, no Entorno do Distrito
Federal. A enfermeira vinha trabalhando
na saúde pública de Teresina de Goiás, município a 24 quilômetros de
Cavalcante.
Pelas redes
sociais amigos lamentaram a morte de Adenilce. “Ela era um exemplo de dedicação
na luta pela atenção e atendimento à saúde de nosso povo de Cavalcante”, disse
Vilmar Costa. “Você era um exemplo como
profissional e um ser humano incrível que certamente nos fará muito falta”,
comentou no Facebook Tiago Carlos, colega de trabalho da enfermeira em Teresina
de Goiás.
A morte de
Adenilce, que embora residisse em Cavalcante, deixou em alerta a Associação
Quilombola Kalunga (AQK) que teme o avanço do vírus pelo Sítio Histórico e
Patrimônio Cultural Kalunga.
Na semana
passada, integrantes da comunidade criticaram a presença no local para um
evento religioso de políticos do município e da primeira-dama de Goiás,
Gracinha Caiado. “Por mais que estivessem usando máscaras e álcool gel, não
respeitaram o distanciamento e o contato físico com os locais, disse uma
moradora do Vão do Moleque, uma das comunidades do sítio quilombola.
Números da
Secretaria Estadual de Saúde (SES) de Goiás deste domingo (20) mostravam que
Cavalcante contava com 47 casos confirmados de Covid-19 e 36 suspeitos. A
prefeitura local inseriu uma nota de luto em sua página na internet para
homenagear o pároco e a enfermeira.
Fonte: O
Popular
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