O deputado
estadual Iso Moreira (DEM) se defendeu, na terça-feira (8), durante sessão da
Assembleia Legislativa de Goiás, da investigação do Ministério Público do
Estado de Goiás que investiga suposta participação do parlamentar e membros de
sua família no desvio de R$ 10,5 milhões dos cofres da Prefeitura de Alvorada
do Norte, cidade localizada no Nordeste do Estado. A operação recebeu o nome de
Zaratustra.
Iso disse
que foi “recebido com arma em punho” por policiais que estiveram em sua casa
para cumprir mandados de busca e apreensão e classificou o tratamento como
desrespeitoso. “Jamais praticamos corrupção na minha vida. Isso é uma
atrocidade. Nossa vida é limpa. Em 28 anos de vida pública, nunca fizemos nada
de errado. Sempre tive a humildade de respeitar as pessoas”, disse.
Em sua fala,
o deputado ainda classificou a operação como “politiqueira e eleitoreira”, fez
críticas ao Ministério Público do Estado de Goiás e à imprensa. “Estou
estarrecido. Vemos bandidos soltos e nada é feito. E um juiz dá um cheque em
branco para um promotor”, afirmou Iso. O deputado afirmou também que
adversários políticos da região Nordeste do País sabiam da operação. Durante a
sessão, os deputados Lissauer Vieria (PSB), Leda Borges (PSDB), Bruno Peixoto e
(MDB) demonstraram apoio ao colega parlamentar.
Em nota, o
promotor de Justiça Douglas Chegury, responsável pela operação, disse que “as
instituições do Estado, a exemplo da Alego, são compostas por homens e mulheres
de todas as naturezas e caráteres, e em sua imensa maioria pessoas de bem. O MP
não investiga instituições, mas pessoas que cometem desvios”. “O parlamentar,
compreensivelmente, busca com seu discurso sentimental a solidariedade dos
demais representantes do povo para desviar o foco da repercussão, tentando
tornar a investigação legítima em uma divisão entre instituições e com viés
político. Tal estratégia de cortina de fumaça é por demais conhecida no cenário
nacional.” O promotor afirmou ainda que “o trabalho do Ministério Público se
pautou pela legalidade e impessoalidade”.
Fonte: O
Popular
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