O hacker
preso por fraudar o sistema do Departamento de Trânsito (Detran-DF) levava uma
vida de luxo em Goiás. Segundo investigadores, a casa em que Francisco Bruno de
Souza Costa morava, em Alto Paraíso (GO), é avaliada em mais de R$ 800 mil.
Além disso, no local, foram encontrados R$ 11 mil em espécie, uma caminhonete
de luxo e equipamento avançados de informática.
Nas redes
sociais, Francisco mantinha o perfil no Instagram. Além de mostrar viagens, ele
divulgava o serviço de hacker, inclusive site destinado a promoção de cursos de
invasão de sistemas.
No mesmo
perfil, o homem afirma que já foi preso. Segundo os investigadores, a detenção
ocorreu em 2016, em Goiás, por fraudes em cartões de crédito no estado.
Operação
Backdoor
Francisco
foi preso na segunda fase da operação Backdoor, em 21 de setembro. Além de
prender temporariamente o envolvido, os investigadores apreenderam equipamentos
de informática de alto valor, que serão periciados.
A ação é
resultado do trabalho conjunto da Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio
Público e Social (Prodep) e da Divisão Especial de Repressão à Corrupção (Decor/Cecor),
com apoio da Delegacia de Polícia de Alto Paraíso (PC/GO).
Hacker
aproveitou vulnerabilidades do sistema
O hacker se
aproveitou de vulnerabilidades no sistema Getran e conseguiu cancelar multas e
retirar restrições judiciais e administrativas.
Isso
permitiu o licenciamento e a transferência de propriedade de veículos com
pendências, o que gerou prejuízo de, pelo menos, R$ 1.371.658,99 aos cofres
públicos no período entre maio de 2019 e janeiro de 2020.
As fraudes
eram solicitadas pelos proprietários ou usuários dos veículos a despachantes,
que por sua vez encomendavam o serviço de alteração no sistema Getran a hackers
especializados nesse tipo de crime. Em alguns casos, as alterações foram feitas
para liberar veículos destinados a leilão.
Fonte:
Correio Braziliense
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