Hacker é preso suspeito de fraudar sistema do Detran-DF e cancelar R$ 1,3 milhão em multas. A força-tarefa é coordenada pelo MPDFT, em conjunto com as polícias civis do DF e de Alto Paraíso de Goiás
Uma operação
conjunta entre o Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT) e a Polícia
Civil, nesta segunda-feira (21), resultou na prisão temporária de um suposto
hacker que invadiu o sistema do Departamento de Trânsito (Detran-DF) para
cancelar multas e retirar outras restrições judiciais e administrativas de
veículos.
Segundo a
investigação, o hacker "se aproveitou da vulnerabilidade no sistema
Getran" para realizar ações restritas a servidores, como emitir o
licenciamento de carros e transferir a propriedade de veículos com pendências,
a pedido dos proprietários. O prejuízo estimado aos cofres públicos é de R$
1.371.658,99.
Esta é a
segunda fase da operação Backdoor. No dia 29 de julho, cinco suspeitos foram
presos, entre eles, um servidor público cedido ao Detran. A reportagem
questionou o órgão sobre as medidas adotadas para reforçar a segurança do
sistema e aguarda um posicionamento. As identidades dos envolvidos não foram
divulgadas.
A
força-tarefa é coordenada pela Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio
Público e Social (Prodep), do MPDFT, em conjunto com as polícias civis do DF e
de Alto Paraíso de Goiás.
Busca por
provas
A
investigação apontou que as fraudes ocorreram ao longo de, pelo menos, oito
meses, entre maio de 2019 e janeiro de 2020.
Em julho
deste ano, ainda durante a primeira fase da operação, a polícia constatou que o
esquema conseguiu retirar multas e outras restrições de 612 veículos.
“Constatou-se que as fraudes foram encomendadas pelos proprietários/usuários
dos veículos a despachantes que, por sua vez, solicitavam que a alteração no
sistema Getran fosse realizada por hackers”, informou a corporação.
Além da
prisão do suspeito, os investigadores apreenderam equipamentos de informática
considerados "de alto valor", que serão periciados.
Acesso
ilegal
"Backdoor",
que dá nome à operação, é o termo em inglês que define a vulnerabilidade
utilizada pelos hackers para cometer as fraudes: "uma porta de acesso ao
sistema Getran criada ilicitamente para permitir o uso por pessoas não
autorizadas", explicou o Ministério Público, em nota.
Fonte: G1
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