Vaqueiros e
criadores de gado do Distrito Federal levaram cavalos à Esplanada dos
Ministérios nesta terça-feira (11) em protesto à decisão do Supremo Tribunal
Federal (STF) de proibir a prática da vaquejada no país. Tradição cultural
nordestina, ela consiste em tentar derrubar pela cauda um boi solto em uma pista.
Os vaqueiros
que participaram do ato estimam que 700 mil pessoas, que trabalham direta e
indiretamente com o esporte, sejam afetadas pela proibição do Supremo.
"Vaquejada
é um esporte, uma cultura que veio do Nordeste. O pessoal das ONGs pensa que a
gente maltrata os animais, mas a gente faz bem aos animais. Muita gente julga
sem nem ter ido a uma vaquejada, só pela internet e pelas redes sociais",
afirmou o vaqueiro José Leomar Barbosa.
"Proibir
não vai resolver. A gente se adequou às regras. Os vídeos que rolam nas redes
sociais são atrasados", disse o vaqueiro e dono de harasWildemberg Sales.
Ele declarou que todos os animais são bem tratados e que as regras ficaram mais
rígidas. Um exemplo que citou é o fato de usarem um "rabo artificial",
para não machucar os bichos.
O deputado
distrital Juarezão (PSB) disse apoiar a prática. Ele é autor do projeto para
regulamentar a vaquejada como esporte no DF. "O prejuízo seria muito
grande. Por detrás do cavalo tem o vaqueiro, tem famílias. O desemprego seria
muito grande e por isso apoiamos a regulamentação em todo o Brasil",
afirmou.
Iniciado por
volta das 9h, o protesto foi pacífico. Ele reuniu cerca de 300 vaqueiros,
segundo a organização. A Polícia Militar estimou um número de 40 manifestantes.
Os vaqueiros
percorreram a Avenida das Nações, passaram em frente ao Congresso Nacional e
caminharam na Esplanada até a Catedral, onde programaram rezer um "Pai
Nosso". Duas faixas da via S1 ficaram interditadas, o que provocou
congestionamento.
Fonte: G1
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