A violência
contra mulheres cujos suspeitos são companheiros ou familiares das vítimas
chamou a atenção da população de Goiás nos últimos dias. Foram presos desde
janeiro em Goiânia cerca de 400 agressores, segundo a Delegacia Especializada
no Atendimento à Mulher (Deam). Os motivos dos crimes geralmente são ciúmes ou
companheiros que não aceitam o fim do relacionamento.
Os
assassinatos de mulheres em Goiás, em que os suspeitos dos crimes são
companheiros ou ex-companheiros das vítimas, geraram necessidade de ampliar o
conhecimento sobre serviços que apóiam e socorrem as mulheres vítimas de
violência.
Em audiência
pública realizada na Câmara Municipal de Goiânia na semana passada, foi
discutido pela vereadora Cristina Lopes Afonso (PSDB) os crimes de gênero e o
atendimento á mulher vítima de violência.
Segundo a
parlamentar, a sociedade não pode mais aceitar essa violência alimentada dentro
de casa para não chegar ao extremo no início da semana, quando uma idosa de 82
anos foi encontrada morta em sua casa no centro de Goiânia. Luzia Jorge de
Abreu Cordeiro foi encontrada com marcas de estrangulamento e espancamento. O marido
da vítima, Reinaldo Rodrigues Cordeiro de 75 anos foi encontrado com as mãos
ensanguentadas, segundo o idoso a vítima havia caído e não soube se explicar
direito. O homem foi preso, e o caso será investigado pela Delegacia Estadual
de Investigações de Homicídios (DIH)
Representantes
dos mais diversos segmentos que atuam na área de proteção á mulher, como a
titular Ana Elisa Ana Elisa Gomes da Deam, destacou que faltam tornozeleiras
eletrônicas e campanhas educativas para atacar a fonte do problema que é
cultural e social. A delegada sugeriu ainda o trabalho em parceria da Polícia
Militar por meio da “Patrulha Maria da Penha” com a Policia Civil com a
Delegacia Especializada de Atendimento á Mulher.
Maria das
Dores Dolly do Centro de Valorização da Mulher (Cevam), ressaltou que cada
instituição da rede de proteção à mulher precisa sair do seu quadrado em busca
de integração de toda a rede. Goiás é o terceiro estado em que mais se mata
mulher e Goiânia é a quinta cidade do país em número de feminicídio e os
governos fecham os olhos para estas estatísticas.
Gláucia
Maria Teodoro Reis, Superintendente de Políticas para Mulheres e de Promoção da
Igualdade Racial, apresentou proposta de fortalecimento de toda a rede de
proteção á mulher e salientou que dois novos programas estão sendo implantados
pela Secretaria Cidadã no combate à violência.
Para a
autora da audiência pública, a vereadora Cristina Lopes Afonso, é necessário
aumentar a proteção á mulher investindo em delegacias especializadas, trabalhar
com policiais preparados, efetuar contratação de profissionais, apoiar centros
de referência, pois a violência contra as mulheres não tem classe social,
idade, nem raça.
Com
informações O Hoje
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