A Associação
Brasileira de Vaquejada lamentou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de
derrubar a lei do Ceará que regulamentava a vaquejada. Para o vice-presidente
da entidade, Marcos Lima, a decisão "não acompanhou a evolução e adaptação
do esporte" nos últimos anos, com relação, por exemplo, aos equipamentos
desenvolvidos para proteger os animais.
Prática
tradicional em cidades do interior do estado, a vaquejada agora é ilegal, e os organizadores
podem ser penalizados. Por 6 votos a 5, os ministros consideraram que a
atividade impõe sofrimento aos animais e, portanto, fere princípios
constitucionais de preservação do meio ambiente.
"A
decisão parte do pressuposto que toda vaquejada causa maus tratos. Nos últimos
anos, a Associação Brasileira de Vaquejada (Abvaq) e a Associação Brasileira de
Criadores de Cavalo Quarto de Milha (ABQM) têm trabalhado no bem estar animal,
implantando normas, apoiando o desenvolvimento de equipamentos que possam
melhorar o bem estar", defende.
O
vice-presidente questiona que a decisão do STF partiu de uma lei criada para
regulamentar a prática e "gerar uma situação de controle" seja
considerada o estopim de um processo. "Se não tivesse lei, então estava
tudo bem? O supremo não poderia fazer nada?", indagou.
"O que
a gente defende e acredita está nos livros de história: a vaquejada está na
cultura, no folclore, gera emprego e renda. No ano passado, foram realizados
730 eventos só de vaquejada no Ceará. Para que ela possa acontecer, precisa de
autorização garantindo questões sanitárias. Existe uma relação de, para cada
três cavalos, gera um emprego direto. Estamos falando de 600 mil empregos
diretos no Nordeste que foram desconsiderados em uma decisão apertada, que
levou-se muito pouco da grandeza da vaquejada em si", questionou.
Fonte: G1
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