sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Mais detalhes sobre a operação Pasárgada em Posse/GO



A Polícia Civil, por meio do Grupo Especial de Repressão a Narcótico, da 13° Delegacia Regional de Polícia de Posse, com apoio de agentes do Grupo Tático 3 (GT3) de Goiânia, deflagrou na madrugada desta sexta-feira, dia 14, a Operação Pasárgada, que o cumprimento de mandados de busca e apreensão em uma empresa, e de condução coercitiva contra suspeitos de envolvimento em crimes como peculato, associação criminosa, falsificação de documento público e fraudes em licitações.

Os dois mandados de busca e apreensão foram cumpridos na empresa Clebispo Serviços Ltda ME e na Prefeitura de Posse. As conduções coercitivas ocorreram em desfavor do ex-secretário de Administração, Armando Ayres de Araújo, do proprietário da empresa, Cleomar Bispo dos Santos, porém os dois suspeitos não foram localizados em suas residências.

Um terceiro alvo do mandado, expedido pelo juiz Everton Pereira Santos, da comarca de Campos Belos, foi localizado em sua residência, em Iaciara, município vizinho. O chefe de licitações da prefeitura, Lindomar José de Oliveira, foi conduzido pelas equipes policiais à 13ª Delegacia Regional de Polícia, em Posse, onde prestou depoimento.

De acordo com o responsável pelo caso, delegado Eduardo Soares Carrara, as investigações apontam crime contra a administração pública em dois contratos firmados entre a prefeitura e a empresa, contratada em 2014, supostamente, para prestar serviços de vigilância em colégios municipais e em postos de saúde.

Segundo o inquérito policial, somente em um contrato a empresa teria recebido mais de R$ 300 mil. No total o valor pode passar de meio milhão de reais. O processo foi instaurado há quatro meses, após o resultado de uma investigação realizada pela Câmara de Posse para apurar fraudes em licitações.

Segundo o delegado Eduardo Carrara, os documentos que poderiam atestar a idoneidade do contrato não foram encontrados na Prefeitura. “Uma servidora alegou que esses documentos foram enviados ao Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), mas não encontrou nenhum comprovante desse encaminhamento”, Por esse motivo, a mulher também foi ouvida, na condição de testemunha.

Os investigados que não foram encontrados devem se apresentar para depoimento nos próximos dias. Na próxima segunda-feira (17), a Polícia Civil, solicitará ao TCM o envio dos documentos originais para exame grafotécnico, uma vez que funcionários que, supostamente, teriam participado da tomada de preços, não reconheceram a assinatura no procedimento.

Investigações

O delegado conta que, há cerca de quatro meses o inquérito foi instaurado após o resultado de uma investigação realizada pela Câmara de Vereadores de Posse para investigar irregularidades em processos licitatórios na prefeitura. “Algo que chamou nossa atenção foi que uma pessoa que havia assinado uma cotação de preços (processo legal realizado antes da licitação) declarou não reconhecer a assinatura no documento”, relata Eduardo Carrara.

Em outro caso o processo licitatório teria sido aberto, percorrido mais de dez órgãos da administração municipal e sido concluído no mesmo dia. “Já trabalhei em prefeitura e sei que o processo segue um trâmite burocrático, com prazos específicos, e seria impossível uma licitação começar e terminar em um curto espaço de tempo, como ocorreu”, afirma.

Diante dos fatos, o delegado passou a ouvir diretores e professores das escolas que supostamente seriam beneficiárias do serviço de segurança contratado. “Nenhum deles conhecia tal empresa e nem tinha conhecido qualquer funcionário nos dois anos de vigência dos contratos. Pelo contrário, nos depoimentos, os diretores relataram que na gestão anterior havia serviço de vigilância, mas que na atual administração esses serviços foram cancelados”, diz.

Falsificação documental

Ainda durante as investigações, os policiais também encontraram irregularidades nas cotações de preços do segundo processo licitatório. Duas pessoas que teriam assinado a cotação não reconhecem a assinatura e uma terceira reconhece, mas alega ter assinado compra de material para escritório. “Além disso, as três empresas que apresentaram cotação de preços não prestam serviços na área de vigilância”, conclui.

Com informações Governo de Goiás

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