A doméstica
Nayara Soares dos Santos, de 19 anos, comemorou o nascimento e boa evolução das
filhas, as gêmeas siamesas Sara e Sofia Alves dos Santos, no Hospital Materno
Infantil (HMI), em Goiânia. Prematuras, elas nasceram de 33 semanas, ligadas
pelo abdômen e compartilham o fígado.
Sofia respira com ajuda de oxigênio e
Sara tem respiração espontânea. Ambas estão internadas na Unidade de Terapia
Intensiva Neonatal, mas segundo a unidade, o estado de saúde delas é
considerado regular.
"Estou
muito feliz, já quero levar as duas para casa logo. Descobri que estava grávida
delas já no quinto mês de gestação e foi um susto. Mas depois passou. Agora é
só alegria", disse Nayara, que já tem uma filha de 2 anos de idade.
A jovem é de
Campos Belos, região norte de Goiás, e chegou a Goiânia na quarta-feira (5)
para uma consulta. No entanto, a médica que avaliou sua situação e disse que
ela já estava em trabalho de parto. "Ela fez o toque e disse que nem
precisava ir embora, já podia ficar porque elas estavam nascendo", contou.
A mãe relata
que, como o parto foi inesperado, ainda não montou o enxoval das meninas e pede
ajuda. "Preciso de fraldas, roupinhas, sapatos, berço, carrinho. Não temos
quase nada ainda" comentou.
Estado ‘surpreendente’
O médico
Zacharias Calil, especialista em casos de siameses, acompanhou o parto e
monitora o estado de saúde das siamesas. Ele afirmou que o quadro clínico delas
está muito melhor do que o esperado. No entanto, explica que ainda é cedo para
vislumbrar a cirurgia de separação.
“A
recuperação delas é surpreendente. Normalmente, estariam entubadas ou com
dificuldade para respirar, por serem prematuras, mas estão indo bem. Ainda
assim é preciso que fiquem em observação porque nos casos de siamesas os
primeiros 15 dias são os mais críticos. Ainda é cedo para falar em separação.
Geralmente fazemos aos seis meses de vida, mas é preciso esperar para observar
a evolução do quadro delas", relatou.
O médico
espera que o caso delas seja semelhante aos dos siameses Ranielly e Rafaela e
João Matheus e Lucas Gabriel. Segundo ele, nestas situações, os gêmeos foram
separados e ficaram sem nenhuma sequela.
Referência
Este é o 35º
caso de gêmeos siameses acompanhado pelo HMI desde 1999. O hospital é
considerado referência em parto, tratamento e separação de siameses no Brasil.
O médico Zacharias Calil e sua equipe já realizaram 17 cirurgias de separação.
Mãe comemora evolução dss siamesas; médico diz que caso é 'surpreendente'; |
Fonte: G1
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