Moradores,
ribeirinhos e pequenos agricultores da cidade de Correntina, oeste da Bahia,
fizeram nova manifestação no sábado (11), por conta do baixo volume de água do
rio que abastece o município. O grupo afirma que o problema é causado pelo uso
excessivo da água por grandes fazendas da região.
O município
é abastecido pelo Rio Arrojado, que faz parte da Bacia do Rio São Francisco. As
propriedades apontadas pelos manifestantes ficam às margens do Arrojado.
A
mobilização deste sábado reuniu cerca de seis mil pessoas pelas ruas de
Correntina, segundo estimativa dos organizadores. Já a Polícia Militar disse
que contabilizou aproximadamente quatro mil participantes.
De acordo
com a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), unidades
especializadas da PM acompanharam a manifestação, que ocorreu de forma
pacífica. "Nenhum tipo de problema, discussão, briga ou vandalismo foi
flagrado pelas forças de segurança" apontou a SSP por meio de comunicado
oficial.
Conforme a
secretaria, além das unidades policiais locais, o Grupamento Aéreo, Batalhão de
Choque e Companhia Independente de Policiamento Especializado (Cipe) Cerrado
permanecem por tempo indeterminado na cidade.
A medida de
segurança ocorre porque na quinta-feira (2), cerca de 500 pessoas invadiram uma
das fazendas e destruíram a rede elétrica que era usada para abastecer as
bombas d'água. Além disso, os manifestantes queimaram um galpão, tratores e
quebraram equipamentos usados na irrigação.
A Polícia Civil
abriu inquérito para identificar os responsáveis pela destruição na fazenda. O
prejuízo estimado pelos fazendeiros é superior a R$ 10 milhões. Os
proprietários da fazenda disserram ter autorização para usar a água, que é
usada para irrigar batata, feijão e outros produtos.
De acordo
com o Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Bahia (Inema), a
liberação foi para a retirada máxima de 180 mil metros cúbicos por dia, mas os
manifestantes afirmaram que a fazenda retira, por dia, mais de um milhão de
litros de água.
Fonte: G1
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