Motorista relata momentos de terror durante assalto a ônibus interestadual próximo a Alvorada do Norte/GO
Quem se
torna vítima dos criminosos não esquece os momentos de horror. Motorista interestadual
há uma década, Cristiano Silva Kassen, 38 anos, lembra as quatro horas que ele
e os passageiros ficaram sob poder de cinco bandidos.
Em 8 de
outubro, ele saiu de Brasília com destino a Brejolândia, na Bahia, distante
704km do DF. Próximo a Alvorada do Norte, no nordeste goiano, um carro em alta
velocidade se aproximou.
Cristiano
logo suspeitou de assalto. “Eles ultrapassaram pela faixa da esquerda e
começaram a atirar. Escutei de seis a sete tiros. Uma bala atingiu o para-brisa
e outra pegou na parte de baixo (do ônibus). Só abaixei a cabeça e parei. Três
encapuzados entraram e outros dois ficaram no carro”, conta.
Armado, um
dos homens ficou ao lado do motorista. Durante todo o tempo, o condutor sofreu
ameaças de morte. Levou coronhadas no pescoço e na cabeça.
Outros dois
subiram e seguiram para onde estavam os 40 passageiros. “O que ficou ao meu
lado me mandou seguir o Gol. Foram dois quilômetros até a gente chegar a uma
estrada de terra cercada por um matagal. Lá, eles mandaram descer as malas e
escolheram o que tinha de melhor”, relembra.
Depois de
fazerem um arrastão, os criminosos exigiram que o motorista voltasse para a
rodovia. Em seguida, fugiram. O próximo posto de fiscalização da PRF ficava a
30km de distância. Foi lá que Cristiano parou para pedir ajuda.
“O que eles
fazem é uma tortura psicológica imensa. É uma situação em que a gente fica
constrangido. Saímos para trabalhar e não sabemos como vamos voltar”, desabafa.
“Desde então, não tenho mais paz. A gente fica com medo e repensa toda a nossa
vida, porque é um risco. É uma marca que ficará para sempre”, lamenta.
Fonte:
CorreioWeb
Fim de ano aumenta o fluxo de viagens, seria bom dentro do possivel que as empresas montem um esquema de viagem noturna em comboio para dificultar as ações destes marginais.
ResponderExcluir